quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Entrevista com Silvio Dreveck

Silvio Dreveck
Foto: Diego Wendhausen Passos

Data da entrevista: 08/07/2010

Diego: Quando saiu do governo, em 2002, os progressistas firmaram-se como um dos principais grupos de oposição ao governo do PMDB, adversário histórico no estado. Até que ponto uma sigla de grande expressão perde fora de uma coalizão governista?

Silvio: Nós temos no Brasil, um país democrático, onde um vai ser o vencedor o outro o perdedor, ou seja, quem decide é o eleitor, através do voto. Nós, quando perdemos a eleição, em 2002, ficamos com a obrigação de ficar na oposição. Essa decisão foi democrática, através do voto. Quando se perde, é muito relativo. Quem está no governo, tem a obrigação de fazer em favor da população. Nós, como oposição, cabe alertar a população, fiscalizar o governo, reivindicar, cobrar as políticas públicas que o governante não executa. Portanto, no que diz respeito a execução, quem está no poder político, tem a obrigação de fazer, e quem está na oposição, tem o papel de orientar, fiscalizar e acompanhar a população. Então, no aspecto político, dizer quem perdeu e quem ganhou, quem está no governo tem a obrigação de fazer e certamente tem suas benesses, quem está na oposição, perde nesse aspecto, da administração, que tem o dever de executar, mas também tem o reconhecimento da população quando o governo vai mal, então, nós temos colhemos os nossos frutos no trabalho de oposição.

Diego: Depois de integrar o governo Luiz Henrique, o PDT lança nesta eleição o candidato a vice na coligação com os pepistas. Como surgiu a aliança com os pedetistas?

Silvio: O nosso partido tomou uma decisão, quando iniciamos as coligações, e o único partido que nós não tínhamos como objetivo de coligar, não contra as pessoas, mas por ser histórico, o nosso concorrente, que é o PMDB. Os demais partidos, todos eles, nós estávamos conversando, para quem quisesse coligar conosco, não concorda com o atual governo, e o PDT, foi um partido que veio conosco, por disconcordar com a política do governo estadual, além de suas outras razões internas, da sigla, em relação ao candidato à presidência da república, foi um convite nosso e uma decisão do PDT, que nos levaram a fechar esta coligação.

Diego: Durante o período pré-eleitoral, os progressistas vetaram qualquer tipo de aliança com o PMDB, adversário histórico da agremiação no plano estadual. Por que o partido não busca diálogo com os peemedebistas visando acordos de parceria?

Silvio: Nós não temos como fazer uma coalizão de tantos partidos. Você imagina, se nosso partido ainda se unisse ao PMDB, ao PSDB e ao DEM, praticamente nós iríamos acabar com a democracia em Santa Catarina. Então, como eu disse, não fomos escolhidos na eleição, e nem na reeleição, portanto, nos coube a responsabilidade de dar uma alternativa ao eleitor catarinense, em escolher por continuar com o governo que está, ou uma alternativa ou outra proposta, por isso que não coligamos com o PMDB, por conta desse fato, e também por sermos concorrentes históricos, e isso é democraticamente bom.

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