domingo, 26 de setembro de 2010

Fernando Alonso vence em Cingapura

Espanhol assume vice-liderança no mundial de pilotos

Com a pole, a vitória e a volta mais rápida da corrida, o asturiano Fernando Alonso confirma a ascenção da Ferrari e aproxima-se de Mark Webber, ultrapassando Lewis Hamilton na disputa entre os pilotos.

Ferrari superior a McLaren e Red Bull

Mesmo com Felipe Massa, chegando em 10º lugar, depois de largar em último, Alonso manteve o controle da disputa, segurando a pressão de Sebastian Vettel em alguns momentos da prova.

Red Bull mantém liderança

Sebastian Vettel foi o piloto mais próximo de Alonso durante o fim-de-semana, mas não conseguiu superar o espanhol. Mark Webber, arriscando uma troca de pneu durante a primeira entrada do safety-car, e conseguiu superar as McLarens, Nico Rosberg, Barrichello e Kubica, que estavam na frente. O australiano ainda teve um incidente com Lewis Hamilton, após a segunda passagem do carro de segurança, quando o britânico tentou recuperar a 3ª colocação, mas ambos colidiram e Hamilton abandonou com quebra na suspensão traseira esquerda.

McLaren perde terreno

Com um desempenho inferior ao de Red Bull e Ferrari nas pistas de menor média de velocidade, o time de Woking foi a 3ª força novamente. Para piorar a situação do time inglês, Hamilton novamente envolveu-se em toque com adversários, desta vez com Webber, quando tentava recuperar do australiano o 3º lugar e aproximar-se dos líderes Alonso e Vettel. No final, Button ficou na 4ª posição, salvando alguns pontos

Mercedes, Renault e Williams competitivas

Nico Rosberg foi 5º colocado, andando sempre próximo de Robert Kubica e Rubens Barrichello. Depois de um pneu furado, Kubica foi aos boxes e recuperou-se bem, passando Alguersuari, Buemi, o companheiro de equipe Petrov, Felipe Massa, Nico Hulkemberg e Adrian Sutil, subindo ao 7º lugar. Michael Schumacher, em mais uma atuação apagada, terminou apenas na 13ª posição, após envolver-se em incidentes com Kamui Kobayashi e Nick Heidfeld, ambos da Sauber.

Sutil e Hulkemberg punidos em 20 segundos

O alemão Adrian Sutil, da Force India, que havia chegado em 8º lugar, e Nico Hulkemberg, 9º colocado, foram punidos com o acréscimo de 20 segundos no tempo final de corrida, caindo para a 9ª e 10ª posições, respectivamente. A penalização foi motivada pelos competidores terem cortado caminho durante a corrida.

Lucas di Grassi termina e Bruno Senna bate

Os outros dois brasileiros, sem condições de lutar por melhores colocações, ficaram no fundo do pelotão. Di Grassi ainda terminou em 15º lugar, duas voltas atrás de Fernando Alonso, enquanto Bruno Senna bateu na Sauber de Kamui Kobayashi, que havia ficado pelo caminho.

Resultados:

Pole: Fernando Alonso, Ferrari
M.V.: Fernando Alonso, Ferrari

Corrida:
1º) Fernando Alonso, Ferrari
2º) Sebastian Vettel, Red Bull Renault
3º) Mark Webber, Red Bull Renault
4º) Jenson Button, McLaren Mercedes
5º) Nico Rosberg, Mercedes
6º) Rubens Barrichello, Williams Cosworth
7º) Robert Kubica, Renault
8º) Felipe Massa, Ferrari
9º) Adrian Sutil, Force India Mercedes
10º) Nico Hulkemberg, Williams Cosworth

Classificação:

Mundial de Pilotos
1º) Mark Webber, 202 pontos
2º) Fernando Alonso, 191 pontos
3º) Lewis Hamilton, 182 pontos
4º) Sebastian Vettel, 181 pontos
5º) Jenson Button, 177 pontos
6º) Felipe Massa, 128 pontos
7º) Nico Rosberg, 122 pontos
8º) Robert Kubica, 114 pontos
9º) Adrian Sutil, 47 pontos
10º) Michael Schumacher, 46 pontos
11º) Rubens Barrichello, 39 pontos
12º) Kamui Kobayashi, 21 pontos
13º) Vitaly Petrov, 19 pontos
14º) Nico Hulkemberg, 17 pontos
15º) Vitantonio Liuzzi, 12 pontos
16º) Pedro de la Rosa, 6 pontos
17º) Sebastien Buemi, 6 pontos
18º) Jaime Alguersuari, 5 pontos

Mundial de Construtores
1º) Red Bull Renault, 383 pontos
2º) McLaren Mercedes, 359 pontos
3º) Ferrari, 319 pontos
4º) Mercedes, 166 pontos
5º) Renault, 133 pontos
6º) Force India Mercedes, 59 pontos
7º) Williams Cosworth, 55 pontos
8º) Sauber Ferrari, 27 pontos
9º) Toro Rosso Ferrari, 11 pontos

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Lançamento do documentário Impasse

Produzido pelos jornalistas Fernando Evangelista e Juliana Kroeger, documentário produzido pela Doc Dois resume as manifestações ocorridas nos meses de maio e junho, deste ano, quando a prefeitura aumentou os preços dos ônibus de Florianópolis, causando uma série de protestos, na maioria estudantes, alguns pacíficos e outros marcados por atos violentos de alguns policiais, como a invasão à Udesc, no dia 31 de maio.


DOCUMENTÁRIO IMPASSE

"As manifestações contra o aumento da tarifa e o debate sobre o transporte coletivo em Florianópolis".

Estreia: 16 de setembro (19h30)
Local: Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina
Mais informações: http://www.impasse.com.br/
Realização: Doc Dois Comunicação

Trailer



Leia Mais:

Sambaqui na Rede: Impasse

Tijoladas do Mosquito: Imperdível – IMPASSE – Documentário sobre a luta dos transportes em Florianópolis – Amanhã 19:30 h na UFSC – Campus Trindade

Sujando os sapatos: Assista o trailer do Impasse, um documentário sobre o transporte coletivo de Floripa

Cañas na Fita: Documentário Impasse

Diego Wendhausen Passos: Vergonha em Florianópolis

Diego Wendhausen Passos: Mais um aumento nas tarifas de transporte

Nick Heidfeld substitui Pedro de la Rosa na Sauber

Após rumores na última semana, piloto alemão substitui espanhol na escuderia suíça

O alemão Nick Heidfeld, piloto da Sauber entre 2001 e 2003, volta a defender as cores do time a partir da próxima etapa, em Cingapura. Após a saída da BMW no fim do ano passado, assumiu como piloto de testes da Mercedes, e, mais recentemente, prestando serviço para a Pirelli, na preparação dos pneus para 2011.

Pedro de la Rosa, com ampla experiência de piloto de testes na categoria, passou por Arrows, McLaren e Sauber, deixa o lugar na equipe suíça, e está cogitado para assumir o lugar de Heidfeld nos testes pela fábrica de pneus italiana.

Leia mais:

A troca: De la Rosa sai, Heidfeld entra na Sauber

IG - Grande Prêmio: Sauber dispensa De la Rosa e anuncia Heidfeld até final da temporada

A Mil Por Hora: Sauber dispensa de la Rosa e chama Heidfeld de volta

domingo, 12 de setembro de 2010

Fernando Alonso vence na Itália

Espanhol vence em Monza e fica perto dos líderes

Ferrari vence bem no Grande Prêmio da Itália e mostra força na disputa pelo título, com a vitória do asturiano Fernando Alonso. Felipe Massa, para completar a festa dos italianos, ficou em 3º lugar, atrás do McLaren de Jenson Button.

Ferrari tem fim-de-semana positivo

Depois de quase dois anos sem conquistar uma pole, Alonso quebrou o jejum da escuderia de Maranello e ainda fez o famoso hat-trick (pole, vitória e volta mias rápida). O espanhol mantém-se firme na disputa pelo título da temporada.

McLaren consegue pódio com Button

Apesar do incidente com Hamilton na primeira volta, quando foi tocado por Massa e abandonou por quebra na suspensão, Jenson Button conseguiu segurar Fernando Alonso até a troca de pneus. Para o atual campeão, o 2º lugar deixa o time de Woking perto da Red Bull.

Red Bull lidera entre pilotos e equipes

Com o abandono de Lewis Hamilton, após um toque com Massa na volta inicial, Mark Webber voltou a liderar o mundial após terminar a disputa na 6ª colocação. Sebastian Vettel, que enfrentou problemas no motor, conseguiu manter-se até a penúltima volta sem trocar os pneus, ganhando algumas posições em terminando em 4º lugar, garantindo a dianteira para a escuderia austríaca entre no campeonato de construtores.

Mercedes, Renault e Williams nos pontos

Nico Rosberg, após uma boa largada, terminou em 5º lugar. Robert Kubica, 8º colocado, e Nico Hulkemberg, na 7ª posição, foram muito competitivos na corrida, tendo uma boa disputa com o líder do campeonato Mark Webber, ambos superados pelo australiano. Michael Schumacher, em 9º, e Rubens Barrichello, em 10º, completaram a zona de pontuação.

Bruno Senna abandona e Lucas di Grassi consegue terminar

Novamente enfrentando problemas com a Hispania, a corrida de Bruno Senna durou apenas 12 voltas, enquanto Lucas di Grassi terminou a prova em 20º, a duas de Fernando Alonso.

Resultados:

Pole: Fernando Alonso, Ferrari
M.V.: Fernando Alonso, Ferrari

Corrida:
1º) Fernando Alonso, Ferrari
2º) Jenson Button, McLaren Mercedes
3º) Felipe Massa, Ferrari
4º) Sebastian Vettel, Red Bull Renault
5º) Nico Rosberg, Mercedes
6º) Mark Webber, Red Bull Renault
7º) Nico Hulkemberg, Williams Cosworth
8º) Robert Kubica, Renault
9º) Michael Schumacher, Mercedes
10º) Rubens Barrichello, Williams Cosworth

Classificação:

Mundial de Pilotos
1º) Mark Webber, 187 pontos
2º) Lewis Hamilton, 182 pontos
3º) Fernando Alonso, 166 pontos
4º) Jenson Button, 165 pontos
5º) Sebastian Vettel, 163 pontos
6º) Felipe Massa, 124 pontos
7º) Nico Rosberg, 112 pontos
8º) Robert Kubica, 108 pontos
9º) Michael Schumacher, 46 pontos
10º) Adrian Sutil, 45 pontos
11º) Rubens Barrichello, 31 pontos
12º) Kamui Kobayashi, 21 pontos
13º) Vitaly Petrov, 19 pontos
14º) Nico Hulkemberg, 16 pontos
15º) Vitantonio Liuzzi, 12 pontos
16º) Pedro de la Rosa, 6 pontos
17º) Sebastien Buemi, 6 pontos
18º) Jaime Alguersuari, 5 pontos

Mundial de Construtores
1º) Red Bull Renault, 350 pontos
2º) McLaren Mercedes, 347 pontos
3º) Ferrari, 290 pontos
4º) Mercedes, 156 pontos
5º) Renault, 127 pontos
6º) Force India Mercedes, 57 pontos
7º) Williams Cosworth, 47 pontos
8º) Sauber Ferrari, 27 pontos
9º) Toro Rosso Ferrari, 11 pontos

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ferrari mantém pontos de Hockenheim

Escuderia de Maranello sai impune em julgamento sobre polêmico lance no Grande Prêmio da Alemanha

A pressão sobre os dirigentes da Fórmula 1 foi grande, principalmente nos sites de internet e de leitores dos mesmos, cobrando uma punição sobre a Ferrari, após Felipe Massa abrir caminho para Fernando Alonso vencer no circuito alemão. Outro ponto muito citado foi o fato de Jean Todt, atual presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), ser o mesmo dos episódios da Áustria, em 2001 e 2002, quando dirigia a agremiação do cavalinho rampante.

O jogo de equipe, praticado desde há muito tempo na categoria, passou a ser questionado em 2002, quando Rubens Barrichello freou após a última curva, na corrida da Áustria, cedendo a vitória a Michael Schumacher, para mostrar ao mundo quem tinha poderes dentro da escuderia italiana. A partir de então, passou a ser válido apenas quando um dos competidores está sem chances de chegar ao caneco, aí sim, podendo trabalhar a favor do colega de equipe, como aconteceu em 2007, quando Massa cedeu a vitória para o finlandês Kimi Raikkonen conquistar o título, enquando na temporada seguinte, o nórdico, diminuiu o ritmo nas voltas finais do Grande Prêmio da China, para manter as chances no brasileiro na prova seguinte, mas o campeonato ficou nas mãos de Hamilton, por um ponto de vantagem.

Neste ano, para surpresa de milhares de torcedores, Massa obedeceu as ordens dos boxes, e deixou o companheiro Alonso passar, em uma atitute que surpreendeu inúmeros fãs do piloto brasileiro e do automobilismo, pois correu em igualdade de condições com Raikkonen, um piloto do mesmo nível do espanhol.

Ilustração após o julgamento em que absolveu a Ferrari no caso do Grande Prêmio da Alemanha
Foto: A Mil Por Hora

Por outro lado, as competições esportivas, ainda mais as que envolvem altas cifras, Futebol e a Fórmula 1, em especial, patrocínios, contratos de imagem, marcas conhecidas no mundo inteiro, passam a tornar a disputa um negócio, oferecendo privilégios aos que atraírem mais publicidade. No caso de Alonso, o Banco Santander. Foi através do espanhol que a instituição financeira espanhola passou a estampar a marca nos carros da McLaren, desde 2007, e da Ferrari, desde a atual temporada, justamente no momento em que o astuariano passou a competir pelas respectivas escuderias.

Além disso, muitos pilotos, em especial os de maior expressividade, assinam contratos exigindo tratamento diferenciado, buscando maior atenção e espaço dentro do time que defende, evitando uma concorrência interna, que possa prejudicá-lo em uma disputa pelo título.

Conclusão do blogueiro: Se a Ferrari fosse punida, as equipes buscariam outros mecanismos para evitar constrangimentos em eventuais jogos de equipe, combinando o resultado de outras formas mais discretas. Essa é uma regra, que se continuar vigente, não é das mais difíceis de burlar.

Leia mais:

Daniel Dias (Fórmula 1 - Clic RBS): Tá liberado

Tomás Motta (Blog Fórmula 1): Ferrari não é punida, e ordens de equipe podem ser liberadas em 2011

Tomás Motta (Blog Fórmula 1): Ferrari estreia nova pintura em Monza

Tomás Motta (Blog Fórmula 1): De novo, Ferrari?

Por fora dos Boxes: O que farão com a Ferrari?

Por fora dos Boxes: Notícias de ontem

Por fora dos Boxes: Vai ficar nisso?

João Carlos Viana (jcspeedway): Transparência, por favor

Continental Circus: 5ª Coluna: filhos, enteados e algumas coisas mais

Flavio Gomes: NO COMMENTS

Bandeira Verde: Pitacos napolitanos

A Mil Por Hora: A imagem do dia

A Mil Por Hora: E tudo acabou (de novo) em pizza…

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Entrevista com Luiz Henrique Fogaça

O trabalho do assessor de imprensa nas atividades parlamentares

Luiz Henrique Fogaça
Foto: Diego Wendhausen Passos

Data da entrevista: 13/07/2010

Diego: Durante uma campanha, o representante político, além de difundir as idéias e programa de atuação durante o mandato, percorre comunidades buscando a conquista do eleitorado. Qual o papel do assessor de imprensa do candidato em uma campanha eleitoral?

Fogaça: O assessor de imprensa tem um papel muito importante para isso, principalmente durante uma campanha, porque se trabalha muito com a imagem do parlamentar, do candidato. Falando em imagem, a comunicação está totalmente alinhada a isso. Eu acho, no caso em que eu trabalho, especificamente, com o deputado Décio Góes, candidato a reeleição, nós pegamos uma base de todo o mandato. Já fica um pouco mais fácil, pois nós temos o que mostrar à população. Eu fui sempre da opinião do parlamentar que tem mandato e vai ser candidato, ele não tem promessas o a fazer, e sim prestar conta do que realizou. Nisso, a sociedade vai pensar se ele é apto, ou não, a continuar esse trabalho. Sendo assim, divulgar esse trabalho feito, estar conduzindo ele todos os dias, preparando para debate, para entrevistas em rádio, entrevistas em jornal, cuidar da imagem, como se portar nas fotos, saber o que é estratégico e que está acompanhado de algumas pessoas, saber o que não pode fazer, então, você vai estar toda a hora. Você tem que estar olhando para o candidato, analisando o que ele está fazendo, tirar o que está errado, e sempre estar passando dicas e informações, e acima de tudo, principalmente quando se tratar de debates ou entrevistas, informando ele a cada minuto do que está acontecendo.

Diego: Além do trabalho de comunicação, visando contribuir com as informações referentes a sociedade em geral, tem a relação com o público interno e externo, como se comportar durante entrevistas, reuniões, atividades parlamentares. Como a equipe de comunicação contribui no trabalho e relacionamento do político com o público em geral?

Fogaça: Durante uma campanha, que nós estamos falando, especificamente, todas as atividades que serão realizadas, são planejadas. Uma reunião, em específico, tem todo o planejamento, o local dela, quem vai ser convidado e qual o tipo de discurso vai ser adotado na ocasião, o que é importante aquelas pessoas, presentes no local, saberem do candidato, qual a informação que precisam. Toda a pesquisa é feita antes. Durante um evento, uma entrevista, de rádio, jornal, durante uma reunião, você tem que estar sempre ouvindo o que o candidato está falando, estar atento do que as pessoas estão falando, porque às vezes pode vir aquela informação, “ah deputado, mas lá naquela região, o senhor disse que falaram isso e não foi”, você tem a informação, a resposta tem que ser na hora, porque é uma campanha de período curto, e se você esperar um dia para responder a uma indagação, vai parecer que seu candidato não está informado, realmente, ou não sabia da situação. Você tem que estar acompanhando, é fundamental estar acompanhando sempre, saber quem é o seu candidato, pelo menos, saber com quem você está trabalhando. Como um profissional de comunicação, eu não trabalharia para uma pessoa que eu não votaria e nem confiasse. Então, esse é o principal, saber com quem você está trabalhando, o que essa pessoa já fez, conhecendo um pouco do passado, o que ele está disposto a fazer, caso seja eleito, e, se você concordar com tudo isso, é muito mais fácil você trabalhar nessa área.

domingo, 5 de setembro de 2010

Entrevista com Thiago Quadros

Thiago Quadros
Foto: Diego Wendhausen Passos

Data da entrevista: 16/07/2010

Diego: Durante mais de 20 anos, os brasileiros não tiveram direito de eleger o Presidente da República, devido ao Regime Militar. Porém, nos últimos anos, muitos eleitores, decepcionados com os rumos tomados pelo sistema político, perderam o ânimo de participar do processo eletivo. Você acha que o voto deveria se tornar optativo?

Thiago: Sim, principalmente por que muita gente acaba votando nulo, e o que adianta? A pessoa sai de casa para votar nulo, é melhor ficar em casa.

Diego: Quais as mudanças que você gostaria de ver no sistema eleitoral?

Thiago: Uma melhor fiscalização nas campanhas políticas.

sábado, 4 de setembro de 2010

Entrevista com Nelson Maurílio Coelho Junior

Nelson Coelho Júnior
Foto: Diego Wendhausen Passos

Data da entrevista: 13/07/2010

Diego: Durante mais de 20 anos, os brasileiros não tiveram direito de eleger o presidente da república, devido ao Regime Militar. Porém, nos últimos anos, muitos eleitores, decepcionados com os rumos tomados pelo sistema político, perderam o ânimo de participar do processo eletivo. Você acha que o voto deveria se tornar optativo?

Nelson: Sim, acho um verdadeiro absurdo, em uma democracia. Nós vivemos em um sistema democrático e somos obrigados a votar. O fato de sermos obrigados a votar tira todo o compromisso do governo, de investir em educação, na conscientização, tira qualquer compromisso também dos políticos, mais honestos, ou de qualquer tipo de ação do judiciário, para punir os corruptos. Agora, depois de mais de um século de proclamação da república, é que surgiram as primeiras iniciativas contra a corrupção, então, o voto, não deve nem ser discutido isso, é uma questão óbvia e lógica, ele tem que ser optativo e facultativo, não deve ser obrigatório. A obrigação é uma agressão à democracia.

Diego: Quais as principais mudanças que você gostaria de ver no sistema eleitoral?

Nelson: A ficha limpa. Eu acho que já tem uma série de falhas, permitindo uma série de recursos, eu acho isso um absurdo. Penso que o voto deveria ser facultativo, alguns cargos não deveriam ser remunerados. Em alguns países do mundo, o vereador não é remunerado, são pessoas que possuem o tempo livre e querem se dedicar por talento, por vocação à política, ao seu bairro e a sua comunidade. O sistema de seleção deveria ser mais criterioso, de requisito para poder se candidatar. O Ministério da Justiça e o Tribunal Regional Eleitoral deveriam criar barreiras e filtros para não permitir que qualquer ignorante se candidatasse, ou qualquer pessoa que já teve algum envolvimento com corrupção, em algum momento da sua vida. Algumas mudanças emergentes.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Entrevista com Sérgio Luiz Ferreira

Sérgio Luiz Ferreira
Foto: Diego Wendhausen Passos

Data da entrevista: 16/07/2010


Diego: Durante mais de 20 anos, os brasileiros não tiveram direito de eleger o Presidente da República, devido ao Regime Militar. Porém, nos últimos anos, muitos eleitores, decepcionados com os rumos tomados pelo sistema político, perderam o ânimo de participar do processo eletivo. Você acha que o voto deveria se tornar optativo?

Sergio: Sim, porque eu acho que eleição deve participar quem está envolvido e interessado. Eu, por exemplo, adoro votar, e qualquer eleição que tiver, podendo votar, voto. Acho muito importante ajudar a decidir, pois quando eu deixo de votar, delego aos outros a possibilidade de escolherem por mim, é por isso que sou contra. Nunca votei nulo, porque o voto nulo faz isso, e tanto o voto nulo quanto o voto branco, ele deixa que os outros decidam por si, então, procuro sempre participar da decisão.

Diego: Quais as mudanças que você gostaria de ver no sistema eleitoral?

Sergio: O sistema eleitoral tem muita coisa que precisa ser mudada. Uma coisa que todo mundo fica falando e divulgando, é a questão da fidelidade partidária. Na prática, o que a fidelidade partidária fez no Brasil? Fortaleceu os caciques, porque se eu me elejo por um partido, e depois de um tempo eu resolvo mudar, não posso, pois vou perder o mandato, e muita gente perdeu. O que aconteceu? Os caciques das siglas ficaram mais fortalecidos com isso, então, se antes o sujeito tinha que negociar, prefeito, governador ou presidente tinha que negociar, um a um, nesse fisiologismo que nós conhecemos no Brasil, agora basta negociar com líderes do partido, que mandam pela turma toda. Então, a fidelidade partidária é o reforço do coronelismo. O chefe partidário passou a ter ainda mais força. Tem que ter fidelidade partidária? Com os partidos que nós temos? O dia em que nós tivermos agremiações mais consistentes, tudo bem, mas enquanto for essa bagunça, partidos sem ideologia, a fidelidade partidária só fortalece o cacique.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Entrevista com Joares Ponticelli

Joares Ponticelli
Foto: Diego Wendhausen Passos

Data da entrevista: 08/07/2010

Diego: Durante mais de 20 anos, os brasileiros não tiveram direito de eleger o Presidente da República, devido ao Regime Militar. Porém, nos últimos anos, muitos eleitores, decepcionados com os rumos tomados pelo sistema político, perderam o ânimo de participar do processo eletivo. Você acha que o voto deveria se tornar optativo?

Joares: Eu acho que nossa democracia está em um processo de amadurecimento, ela ainda é muito jovem. Defendo e acredito que possamos amadurecer, para chegar nesse estágio, mas antes disso, nós precisamos passar pela tão sonhada e necessária reforma política e partidária. Acredito que o novo Congresso possa fazer isso. Não acredito que a reforma ideal precisa ser feita de uma vez só. Por exemplo, sou defensor de lista partidária, defensor de financiamento público de campanha, até por que o financiamento público só pode ser feito com lista, mas as elas só podem ser feitas depois de uma reforma política-partidária, que as siglas têm que ser fortes, ter conteúdos programáticos bem definidos, regulamentar bem a questão da fidelidade partidária. É todo um processo que precisamos construir, o Congresso Nacional precisa ter a coragem de iniciar isso, e a partir daí, dá para discutir o voto facultativo. Neste momento, da forma que a legislação está, é muito perigoso instituir o voto facultativo. Nós precisamos, primeiro, iniciar as reformas, e eu defendo que se unifique as eleições. Acho que o instituto da reeleição também está falido. Defendo cinco anos de mandato, sem reeleição, com eleições gerais, para elegermos desde o vereador até o presidente da república, porque a tecnologia brasileira é de ponta, no mundo, é a melhor, e temos condições de fazer toda essa votação em uma vez, até por que os mandatos não sofrem condições de continuidade, eles começam e terminam juntos, e não teremos o Brasil parado a cada dois anos, com todas as restrições da legislação, em virtude de eleições, porque de dois em dois anos, o Brasil pára, são dois de quatro anos perdidos de qualquer administração, tanto municipal, como estadual ou federal. Eu acredito que o voto possa ser facultativo, mas depois de implementadas essas mudanças, como as citadas, e além delas, o fim da coligação proporcional, em um primeiro momento acharia vital para consolidar, de fato, a democracia no país, e, a partir disso, poderemos então partir para a lista partidária, financiamento público, e o voto optativo.

Diego: Quais as mudanças que você gostaria de ver no sistema eleitoral?

Joares: Essas que acabei de citar. Eu acho que nós precisamos separar, não dá para fazer a reforma ideal, em um único momento. Acredito que, se no primeiro momento, nós unificarmos as eleições, fazendo eleições gerais de cinco em cinco anos, sem direito a reeleição para os cargos executivos, acho que cinco anos é o suficiente para implementar alguma plataforma, ter um projeto político-partidário, depois disso, se o detentor do mandato quiser voltar, ele deverá passar por um tempo fora, até para reavaliar todos os seus objetivos. Entendo que o fim das coligações, principalmente na proporcional, vai reduzir substancialmente o número de partidos de aluguel, que participam do processo apenas para ceder os seus segundos, no programa eleitoral, em troca de alguns encaminhamentos, e até de espaços nos eventuais governos, e depois disso, nós podemos avançar para aquilo que é o ideal, que eu defendo, que é a lista partidária, pois ela vai contemplar conteúdos, vai reforçar as ideologias partidárias, que estão perdidas hoje, por conta desse modelo de legislação eleitoral que temos, e a partir disso, podemos, de fato, fortalecer os partidos e a democracia.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Entrevista com Décio Góes

Décio Góes
Foto: Diego Wendhausen Passos

Data da entrevista: 13/07/2010


Diego: Durante mais de 20 anos, os brasileiros não tiveram direito de eleger o presidente da república, devido ao Regime Militar. Porém, nos últimos anos, muitos eleitores, decepcionados com os rumos tomados pelo sistema político, perderam o ânimo de participar do processo eletivo. Você acha que o voto deveria se tornar optativo?

Décio: Primeiro, eu acho que nós devemos ter uma reforma eleitoral, para discutirmos todas essas questões, e não individualmente, como tem a das coligações, nas proporcionais, eu considero que não deveria haver. Existe a questão do financiamento de campanha, a questão do tempo de gestão, do encontro ou desencontro dos mandatos, de presidentes, de prefeitos, eu acho que deveria fazer uma eleição geral no Brasil. Mas todos esses aspectos, a questão da lista partidária, deveriam ser discutidos em uma reforma eleitoral. Eu acho que o voto obrigatório é um direito de cidadania, uma manifestação que podemos fazer da questão política brasileira. Eu acho que o voto nulo é uma manifestação das pessoas que não querem votar, é legítimo. Se ela não quer votar, anula, mas o fato de ela ter chamada, para ir às urnas, fazer o seu dever cívico, não vejo problema disso.

Diego: Quais as principais mudanças que você gostaria de ver no sistema eleitoral?

Décio: Essa questão que eu tinha comentado antes. Defendo uma reforma eleitoral ampla, em que deve ser discutida uma definição partidária, ter critérios para existir uma sigla, mais rígidos, ter barreiras. O grupo que não receber um mínimo de votos, no país, ele não pode continuar sendo registrado. Acho que deveria proibir a coligação na proporcional, por que se o partido não se apresentar para a sociedade, com seus candidatos, ele não tem razão de existir. Há as suas idéias, e ele precisa se apresentar. O financiamento público de campanha, a coincidência dos mandatos, de presidente, governador e prefeito, e, consequentemente, dos vereadores, deputados estaduais e federais. Acho que são alguns aspectos que devemos ter em uma reforma eleitoral.