quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Entrevista com Anésio Hammes

Anésio Hammes
Foto: Diego Wendhausen Passos

Data da entrevista: 08/08/2010

Diego: Nas duas eleições anteriores, o partido lançou candidaturas com Antônio Bello, em 2002, e Sontag, em 2006, conseguindo em ambas, o 4º lugar, enquanto neste pleito, optou por uma aliança com o PT, em torno da candidatura Ideli Salvatti. Por que a sigla escolheu integrar uma aliança com os petistas, deixando de lançar candidatura própria?

Anésio: Vou me retratar primeiro com a eleição do Bello, em 2002, e do Sontag, em 2006. Em 2002, o Bello foi lançado candidato e o partido nunca havia, até então, lançado um candidato a eleição majoritária a governador do estado. Isso faz com que o partido cresça em todos os níveis, lançando candidato a governador, senador, deputado estadual e toda a chapa completa. A Ideli Salvatti, na verdade, é uma questão do presidente estadual do PSB, Djalma Berger, hoje o prefeito de São José. Ele fez essa aliança, no meu entendimento, sem ouvir a agremiação a nível estadual. Eu acredito que para fazer uma aliança, o partido tem que ser ouvido em um todo. Os diretórios do estado deverão ser convocados para então fazer uma aliança com quem ficar decidido, a nível estadual. Todos eles deverão se manifestar, o que não foi feito na gestão do Djalma Berger. Então, acredito que a sigla não aprovou em nível estadual, embora o PSB sempre foi um parceiro a nível nacional junto com o PT, mas isso não quer dizer que no estado, ele tenham que estar aliados, agora, acho que deveria ter sido feita uma consulta a nível estadual, para saber qual seria o partido da coligação.

Diego: O ingresso de Djalma Berger na sigla deu maior representatividade ao PSB, sendo escolhido prefeito de São José, em 2008. Até que ponto a eleição de Djalma contribuiu para a agremiação socialista?

Anésio: A eleição do Djalma Berger, até certo ponto, tem contribuído para a agremiação socialista, mas eu acredito que está sendo dirigid, a nível estadual, no meu entendimento, ele não cresceu até esse ponto, continuando como estava antes. As siglas, em nível municipal, continuam as mesmas, a exceção de algumas, e a maioria que foi trocada. Nos municípios, foram trocadas por ele, desrespeitando as composições já existentes. Eu citar como exemplo uma comissão provisória, em Águas Mornas, que sequer o presidente municipal foi consultado. Quando ele soube, havia sido destituído. Eu acredito que a administração de Djalma Berger tem que mudar, trabalhando mais nas bases municipais, não só a nível municipal, onde ele é prefeito, porque até em São José, o partido hoje está sem comando. Nós tínhamos um diretório, legitimamente formado, e hoje, nem uma provisória nós temos. O diretório venceu, em setembro de 2009, foi prorrogado por mais três meses, se não me falha a memória, e depois não foi feito o congresso, como pede o estatuto partidário, e também não foi constituída, portanto, o PSB de São José, legalmente não existe.

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