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domingo, 29 de maio de 2011

Documentário Impasse terá nova versão

Dia 31 de maio, um ano após o violento ataque de policiais contra estudantes nas dependências da Udesc, no Itacorubi, durante as manifestações diante das altas tarifas do transporte coletivo, os jornalistas Fernando Evangelista e Juliana Kroeger, autores do documentário Impasse, uma nova versão será lançada.

Ano passado, inúmeras manifestações marcaram os protestos dos estudantes contra o abusivo aumento no preço das passagens de ônibus, com passeatas, panfletos e manifestações criativas, contestando o alto preço das tarifas no transporte coletivo da capital.

Mas a violência contra os manifestantes, aliado ao abuso de poder das autoridades policiais, em alguns casos, geraram revoltas também da população em geral, descontentes com a falta de segurança. Enquanto faltam policiais para combater a crimilidade no cotidiano, sobrou para conter os protestos.

O nome Impasse surgiu devido a questão administrativa e política do sistema de transporte na cidade, entre usuários, poder público e empresas prestadoras do serviço, além dos preços das passagens de ônibus.

Leia mais:

Entrevista de Fernando Evangelista e Juliana Kroeger na coluna de Juliana Wosgraus (RBS)

Documentário Impasse

domingo, 6 de março de 2011

Problemas viários no Itacorubi

Demora na resolução dos problemas

Buracos sem manutenção, carros acima do limite de velocidade em alguns casos, dificuldades para os motoristas atravessarem a Rua Acelon Pacheco da Costa em horários de maior fluxo de veículos são problemas para os moradores e trabalhadores desta região.

Muitos motoristas que trafegam na Rodovia Admar Gonzaga, a SC 404, passam em velocidades acima do máximo permitido, 40 km/h. Algumas vezes, quando pego ônibus às 5:30 para ir ao trabalho, cheguei a ver alguns carros a cerca de 80 km/h, colocando em risco a segurança de outras pessoas.

A área possui um posto de combustível e um hotel de luxo na Acelon, e uma escola da rede estadual e o Cepon (Centro de Pesquisas Oncológicas) do outro lado. Em determinados períodos, até os pedestres têm dificuldades para atravessar a rua.

Acredito em duas opções. Uma delas é a implantação de uma lombada eletrônica, mas não sei da possibilidade, já que é uma rodovia estadual. A segunda, possível no espaço, seria a criação de uma rótula, diminuindo os transtornos para os motoristas.

Texto publicado na Coluna de Carlos Damião (Notícias do Dia), nas edições de 30/10/2010 e 31/10/2010

Respeito

Diego Wendhausen Passos, que mora na Rua Acelon Pacheco da Costa, no Itacorubi, concorda com a coluna quanto à falta de respeito aos pedestres naquele bairro, lembrando que já sugeriu, há três anos, a colocação de lombada eletrônica nas vias públicas. “Espero que a prefeitura faça alguma coisa. Ouvi de uma vizinha que o Conselho Comunitário já fez reivindicações, mas até agora, nada foi feito. Torço para que sejamos atendidos”, diz o leitor.

Data das Fotos: 06/03/2011
Fotos: Diego Wendhausen Passos


Com o espaço disponível, a implantação de uma rótula pode ajudar a diminuir os problemas para motoristas e pedestres



Limite de 40 km/h muitas vezes é desrespeitado por motoristas

Buraco na rodovia, em frente ao Ponto de ônibus em frente ao Hotel Mercure, continua no mesmo lugar, há quase um mês


Disponível em:
Carlos Damião

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Buracos no Itacorubi

Estradas esburacadas e falta de manutenção eficiente são problemas na região

Um dos maiores problemas viários nas regiões do Itacorubi, onde resido, e no Santa Mônica são os constantes buracos nas estradas, principalmente após as chuvas. A falta de manutenção, como recapeamento do asfalto, continuam abrindo outros ao longo das vias, no caso a Rodovia SC 404, também conhecida como Admar Gonzaga, a Madre Benvenutta e a Rua Acelon Pacheco da Costa.


Ano passado, quando estava indo trabalhar em um sábado, na campanha de vacinação do idoso, o motorista da repartição em que trabalhava passou por cima do buraco, coberto pela chuva, tendo o pneu furado, na entrada da Rua Acelon Pacheco da Costa. A prefeitura vem e faz um remendo, o que vem sendo insuficiente para resolver a situação.

No último fim-de-semana, a placa colocada no ponto de ônibus, em frente ao Hotel Mercure, com a frase “ESTOU AQUI”.

Confira as fotos:



Data das Fotos: 20/02/2011
Fotos: Diego Wendhausen Passos

Rodovia SC 404 - Admar Gonzaga, em frente ao Hotel Mercure - Itacorubi



Entrada da Rua Acelon Pacheco da Costa



Pequenos buracos na entrada da Rua Acelon Pacheco da Costa podem até danificar pneus de carro

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O presidente decidiu resolver no braço

O episódio está fazendo 31 anos, na famosa Novembrada. Protestos contra a crise política, social e econômica da famigerada ditadura militar. Inflação, aumento nos custos e falta de apoio à população culminaram no clima de hostilidades ocorridos no 30 de novembro.

A festa promovida pelos governistas, a placa em homenagem ao tirano Floriano Peixoto, que por pressão nomeou a antiga Nossa Senhora do Desterro para “Cidade de Floriano”, nossa capital Florianópolis, além de ter dizimado a vida de centenas de catarinenses no Massacre do Anhatomirim, no fim do século XIX.

Para homenagear o “marechal de ferro”, o governo estadual colocou uma placa em memória ao militar que ceifou dezenas de catarinenses. As medidas tomadas nos dias anteriores serviram para esquentar os ânimos da população, insatisfeita com as dificuldades enfrentadas muito em virtude do sombrio sistema que havia sido imposto 15 anos antes.

Uma cidade então pouco conhecida no cenário nacional estava pronta para receber a visita do último presidente militar, da abertura lenta e gradual promovida anos antes. Um homem mal hurado, antipático e turrão estava a caminho do Palácio do Governo, atual Museu Cruz e Souza, para as solenidades que anunciavam a vinda da Sidersul, que seria instalada em Imbituba, além das festividades de 90 anos da Proclamação (golpe) Republicana.

O esquema de segurança estava formado, os manifestantes fazendo suas reivindicações, mas os gritos começaram a abafar o discurso do então governador foi o ponta pé inicial para toda a confusão. Irritado com a “balbúrdia”, o general Figueiredo foi a sacada e fez dois gestos, um acusando de “pequenos” os opositores, e mandando o time do contra às favas, provocando a ira dos protestantes.

A partir daí, só confusão. Ao ouvir insultos contra sua progenitora, Figueiredo desceu as escadarias da casa rosada para resolver no tapa a situação, partindo para a ignorância. Uma confusão generalizada, briga de rua, entre cidadãos comuns e integrantes governistas marcaram a vida de Florianópolis, quase provocando uma tragédia.

Na busca dos “responsáveis” pelo ato, sete estudantes foram presos e processados pela antiga Lei de Segurança Nacional. Com o apoio da população, Adolfo Luiz Dias, Lígia Giovanella, Rosângela de Souza (Lelê), Marize Lippel, Geraldo Barbosa, Amilton Alexandre (Mosquito) e Newton Dias Vasconcelos foram absolvidos em fevereiro de 1981.

Dos sete, apenas Adolfo é falecido. Com exceção de Newton Vasconcellos, os jovens idelistas “culpados” pela situação continuam envolvidos na luta por uma sociedade mais justa. Mosquito é o mais conhecido, devido ao polêmico Tijoladas e seus excessos verbais contra os desafetos e ex-amigos. Geraldo e Lelê continuam nos movimentos sociais, Lígia optou pelos estudos acadêmicos e Marize trabalha na área de saúde.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Lançamento do documentário Impasse

Produzido pelos jornalistas Fernando Evangelista e Juliana Kroeger, documentário produzido pela Doc Dois resume as manifestações ocorridas nos meses de maio e junho, deste ano, quando a prefeitura aumentou os preços dos ônibus de Florianópolis, causando uma série de protestos, na maioria estudantes, alguns pacíficos e outros marcados por atos violentos de alguns policiais, como a invasão à Udesc, no dia 31 de maio.


DOCUMENTÁRIO IMPASSE

"As manifestações contra o aumento da tarifa e o debate sobre o transporte coletivo em Florianópolis".

Estreia: 16 de setembro (19h30)
Local: Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina
Mais informações: http://www.impasse.com.br/
Realização: Doc Dois Comunicação

Trailer



Leia Mais:

Sambaqui na Rede: Impasse

Tijoladas do Mosquito: Imperdível – IMPASSE – Documentário sobre a luta dos transportes em Florianópolis – Amanhã 19:30 h na UFSC – Campus Trindade

Sujando os sapatos: Assista o trailer do Impasse, um documentário sobre o transporte coletivo de Floripa

Cañas na Fita: Documentário Impasse

Diego Wendhausen Passos: Vergonha em Florianópolis

Diego Wendhausen Passos: Mais um aumento nas tarifas de transporte

sábado, 10 de julho de 2010

Santo Antônio receberá espaço cultural

No próximo mês de agosto, será inaugurado um espaço cultural no bairro de Santo Antônio de Lisboa, na sede do bloco Baiacu de Alguém. Será colocada uma sala de cinema com entrada franca, onde serão exibidos filmes e documentários com histórias relacionadas a Florianópolis.

Foto: Diego Wendhausen Passos
Casa vai se tornar sala de cinema

A sede da agremiação carnavalesca funciona na residência do casal Nelson Motta, consultor do Instituto de Educação Permanente (IEP) e Daniela Schneider, psicóloga e professora da Universidade Federal de Santa Catarina. Nelson é o coordenador do projeto cultural, e, desde a criação do grupo, em 2006, realizada eventos com frequência visando ampliar o nome da associação para o bairro.


Daniela considera que as atividades são importantes para o projeto de vida e as perspectivas do casal, além de promover a arte e a cultura buscando inserir as pessoas neste meio, para oferecer mais opções às pessoas da região.

Lucia Haygert, antropóloga, frisou que a cultura é a parte mais importante do Baiacu de Alguém, beneficiando as atividades carnavalescas e visando mais entrosamento com os moradores do bairro e “fortalecendo os laços com a comunidade”, salientou.

Nelson Motta, coordenador do bloco e do projeto projeto cultural, vai administrar o espaço cultural e as atividades que serão oferecidas, dentre elas as oficinas de músicas, bonecos para o bloco, e de vídeos. Lucia destaca que sem a participação dos moradores não haverá sentido a existência do trabalho, acreditando no sucesso, em razão da parceria com as associações comunitárias de Santo Antônio de Lisboa, Sambaqui e Ponta do Sambaqui “a comunidade terá um espaço grande para trabalhar”, concluiu.

Visite também o site do bloco Baiacu de Alguém
Baiacu de Alguém

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Vergonha em Florianópolis

Manifestantes sofrem com a repressão

Em pleno estado democrático de direito (na teoria), diversos manifestantes são presos por reivindicarem por direitos garantidos por lei. Jornalistas e estudantes agredidos e presos, prefeitura omissa. Depois do último aumento no transporte de ônibus, o mais caro do país, os manifestantes foram às ruas pedir a revogação, além do passe livre para os estudantes.

Enquanto nossos militantes agem de forma criativa e de forma idealista, cobrando uma atitude das autoridades, policiais reprimem de forma violenta, parecendo estado de ditadura, chegando, no último dia 31 de maio, a invadir o campus da Univerdade do Estado de Santa Catarina, UDESC.

Uma vergonha. Nós, que estamos no direito de cobrar um preço mais acesível, além de um atendimento digno do (des)serviço do transporte coletivo, sofrem justamente da polícia, que deveria proteger as manifestações. Não podemos mais reclamar da falta de qualidade e dos elevados preços das tarifas de ônibus?

A polícia, duramente criticada no combate aos crimes, vem agindo de forma diferente na repressão aos movimentos sociais, enquanto os estudantes, apesar de alguns deslises (poucos, é claro), vem dando uma aula de como fazer um protesto, utilizando da criatividade, e não da violência. Parabéns aos nossos estudantes. Apoio as manifestações, pois temos direito de cobrar condições dignas, ainda mais por estarmos pagando um preço, e bem elevado, pelo péssimo serviço prestado à população, principalmente no transporte de ônibus da cidade.

Como não tenho acompanhado muito, até por trabalhar em Campinas, São José, vi de perto apenas ontem as movimentações.

Os blogs Sambaqui na Rede, de Celso Martins, e Escandiuzzi, de Fabrício Escandiuzzi, correspondente do Terra, em Florianópolis, vêm fazendo uma cobertura ampla desde o início das manifestações. Fernando Evangelista, orientador em meu Trabalho de Conclusão de Curso, e Juliana Kroeger, nas edições de vídeos, e Hans Denis, fotógrafo, também aparecem com bastante destaque no trabalho. O trabalho desses profissionais são minhas principais referências.

Leia mais:

Escandiuzzi

A encenação

E agora, companheiro?

"Catraca"

Tapa na cara

PM Paz e Amor?

Paz e Amor

Protesto

R$ 2,95 é o ...

Os estudantes e a PM

Estudantes e o descaso da prefeitura

O Hit da Catraca

Floripa: Capital da Inovação ou da Esculhambação?

Sambaqui na Rede

Invasão Militar

VIDEO DE KAREM KILIM

Invasão na UDESC choca a comunidade acadêmica

Invasão Militar na UDESC

PM invade UDESC e prende estudantes

Estudantes e militantes nas ruas da cidade

Estudantes contra o aumento

IPM apura ação policial

Ato Contra o Aumento da Tarifa

Quem não pula, quer tarifa

Estudantes querem direito de ir e vir

Estudantes lideram manifestações contra aumento das passagens

Protesto contra o aumento

Outras fontes:

Acompanhe as manifestações dos estudantes

Frente Única pelo Transporte Público Floripa

Wiki de organização da Frente de Luta pelo Transporte

CMI-Florianópolis

Tarifa Zero

ClicRBS-Na Rua

Sarcástico

domingo, 9 de maio de 2010

Mais um aumento nas tarifas de transporte

Como acontece com frequência, passagens de ônibus aumentam, mas a qualidade continua deixando a desejar

Como é de costume, vem mais uma alteração nas tarifas de ônibus da capital, claro que prejudiciais ao usuário do sistema. A (des)integração do nosso (des)serviço prestado é coisa de outro mundo. As pessoas sem cartão magnético, pagam toda vez que entram na condução, e a preço mais alto, desde a implantação do sistema "integrado" de transporte.

O primeiro ponto é as diferenças de preço. Antes a R$ 2,20, em cartão, e R$ 2,80, em dinheiro, sem direito a integração às pessoas que pagam em dinheiro. Agora, pagaremos R$ 2,38, em cartão, e R$ 2,95, em dinheiro. Outros pontos contraditórios são a falta de integração com as linhas de outros municípios da região (São José, Palhoça, Biguaçu, Governador Celso Ramos, São Pedro de Alcântara e Águas Mornas), e com os Executivos, os populares amarelinhos.

Além disso, o negócio foi mal planejado desde o início. Um dos problemas mais críticos, são as chegadas e saídas dos itinerários dentro dos Terminais de "Integração". Enquanto as linhas que chegam nos terminais de bairro chegam, algumas saem, e o usuário, por questão até de segundos, muitas vezes espera entre 15 a 45 minutos pelo próximo horário. Sem esquecer também a falta de manutenção e renovação nos equipamentos.

Por fim, mais uma vez quero salientar sobre a pesquisa de qualidade realizada em 2008, por alunos na UFSC. Respondi ao questionário enquanto esperava por um ônibus no Terminal da Trindade (NÃO USO TERMOS TICEN, TITRI, CONSIDERO A PRÁTICA, E ESSE SISTEMA É TOTALMENTE DESINTEGRADO), na qual dei nota um (1,0), para não dar ZERO. Minha principal reclamação foi a falta de integração nos horários. Até hoje, não soube dos resultados da pesquisa, do que as pessoas pensam sobre o serviço de transporte na região, passados quase dois anos da realização da mesma.

Se os empresários do transporte coletivo reclamam tanto dos prejuízos, por que não deixar o serviço e procurar algo mais rentável, ao invés de prestar desserviços a população, justamente as pessoas que sustentam uma classe que não está nem aí para as pessoas.

Leia mais:

Diego Wendhausen Passos
Florianópolis é a capital com a tarifa de ônibus mais cara do país

Clic RBS
Ônibus mais caro em Florianópolis
(EU QUERO NOVIDADES ... E BOAS, DE PREFERÊNCIA)

Tijoladas do Mosquito
Fim do mundo News – O prefeito Dário Berger vai aumentar a passagem de ônibus – Vamos aumentar o lucro de empresários e ainda manter empregos de cobradores que passam o dia todo brincando de caixa de Banco do Brasil e tratando mal os passageiros – Vão se ferrar!

Fabrício Escandiuzzi
Floripa: Capital da Inovação ou da Esculhambação?

Sambaqui na Rede - Celso Martins
ESTUDANTES LIDERAM MANIFESTAÇÕES CONTRA AUMENTO DAS PASSAGENS

segunda-feira, 15 de março de 2010

Plano diretor para Santo Antônio de Lisboa

Caso aprovado, poderão ser construídos prédios de até oito andares

A região de Santo Antônio de Lisboa, rica no aspecto histórico e cultural, preservando fortemente a cultura açoriana na Grande Florianópolis, poderá ficar em situação delicada caso aprovem o novo plano diretor proposto para exploração de imóveis, a famosa especulação imobiliária.

Na proposta, está em pauta a liberação para construir edificações de três e oito andares, onde não há viabilidade para tais projetos.

O bairro de Santo Antônio não possui estrututa para tais empreeendimentos, devido a malha viária saturada, sem estrutura para grande tráfego.

A associação de moradores da comunidade está discutindo, visando um desenvolvimento sustentável, devido a alguns problemas enfrentados atualmente, como falta de água, trânsito, principalmente nas festividades de carnaval, além das dificuldades de estacionamento.

Outro ponto intrigante foi a contratação de uma empresa argentina para elaborar o plano diretor "participativo". De um lado, os técnicos do IPUF e a Comunidade do Distrito de Santo Antônio de Lisboa, falando das consequências que serão causadas, e, de outro, a Fundacion CEPA, apenas preocupada em fazer o serviço dos especuladores.

Espero que a voz dos moradores da localidade fale mais alto perante aos interesses do grupos especulador, pensando no desenvolvimento sustentável e benefício coletivo, e não apenas em lucro e vantagens para uma pequena minoria.

No blog Sambaqui na Rede, o jornalista e historiador Celso Martins traz com detalhes o tema e aborda os pontos negativos e possíveis consequências, Leia mais

sábado, 19 de dezembro de 2009

A árvore polêmica

Um dos assuntos que vem rendendo pauta nos últimos dias é a polêmica árvore milionária, instalada na Beira Mar, e que vem gerando muita discussão entre os florianopolitanos.

O custo dela é o primeiro ponto a ser debatido, R$ 3,7 milhões ao erário público, além das disputas judiciais em torno do pagamento. O Ministério Público suspendeu na última semana a prefeitura de pagar as parcelas. O secretário de turismo, senhor Mário Cavalazzi, tenta explicar o inexplicável. Realmente, é absurdo o preço que o contribuinte está desenbolsando.

Outro ponto que gerou controvérsias foi em relação ao tamanho da milionária. As propagandas diziam que ela tinha 60 metros, mas um estudo topográfico apontou 43, 17 menos. Pelo jeito, a raiz é muito extensa. Se a altura for o problema, basta dar uma boa quantidade de arroz e feijão, junto com fermento em pó para ver se ela cresce os 17 metros que estão faltando

Além disso, as disputas judiciais entre situacionistas e oposicionistas pega fogo. O grupo contrário derruba liminares, enquanto os governistas vão através de recursos buscando manter o pagamento, bem pomposo aos contribuintes.

Mesmo o alto valor não foi suficiente para manter a mais rica acesa. Deu até apagão na mais cara da cidade, por não honrar o pagamento a empresa Palco Sul.

Nossos governantes gostam de brincar com a paciência do povo. Ano que vem temos eleições, então qualquer tropeço agora pode ser crucial para as pretensões eleitorais.

A controversa árvore instalada na Beira-Mar
Foto: Diego Wendhausen Passos

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Censura x Liberdade de Expressão

O debate em torno das liberdades de expressão

A Novembrada foi um marco histórico para Florianópolis, tanto em nível regional como nacional. Em novembro, completará 30 anos do acontecimento de uma das maiores manifestações populares na capital, dando à cidade um destaque nunca visto na mídia até então, o que contribuiu para o fim do período militar e uma nova ordem política no Brasil. Com o retorno do sistema democrático em 1985 e a nova Constituição, três anos depois, os brasileiros ganharam direitos antes controlados pelo poder público, na teoria. Mas a questão, na prática, fica em torno da liberdade democrática, diante de casos como a Revolta da Catraca em 2004, quando estudantes protestaram contra o constante aumento nas tarifas de ônibus.

A mídia publica aquilo que interessa

Lideranças estudantis envolvidas diretamente na Novembrada em 1979, quando foram presas e enquadradas na antiga Lei de Segurança Nacional, Marize Lippel e Rosângela de Souza (Lelê) destacam as conquistas e direitos democráticos adquiridos na Constituição de 1988, embora o poder público e veículos de comunicação divulguem apenas os interesses particulares e interfiram em alguns casos, noticiando conteúdos que não comprometam determinados grupos ou empresas.

Marize recorda que havia uma cultura do silêncio no país imposta pelos representantes políticos, e a maioria das manifestações contra o governo. Os movimentos eram promovidos por estudantes universitários, ligados a grupos estudantis. Embora a Novembrada tenha contribuído para termos maior liberdade e participação na sociedade atual, a grande mídia ainda controla as informações. “Eles publicam aquilo que é de interesse da empresa”, diz Marize, destacando a participação jornalística da Folha de São Paulo como um ícone na defesa dos Direitos Humanos e Políticos na época dos militares, mas atualmente o jornal paulista defende e transmite as ideias que interessam ao veículo.

Para Rosângela, as conquistas no campo das liberdades individuais ocorreram, porém as classes menos favorecidas são pouco respeitadas nos seus direitos como cidadão. “As conquistas são inegáveis, embora o aparelho repressor do estado burguês brasileiro esteja mais ativo que nunca”, aponta, destacando os casos da greve dos motoristas no governo Paulo Afonso (estadual) e Ângela Amin (municipal) e o movimento do passe livre na gestão de Luis Henrique (estadual) e Dário Berger (municipal). De acordo com Lelê, no campo político os métodos agressivos raramente são utilizados, mas, ao invés de reprimir os movimentos sociais, o poder público utiliza a mídia para criminalizá-los.

Muitas informações ainda são controladas

Mesmo sem a censura prévia do estado, muitas informações são controladas na mídia. O jornalista Moacir Pereira afirma que, mesmo com a plena liberdade de informação, as restrições permanecem e são ditadas normalmente pelo poder econômico e pela ação política. "O pluralismo da mídia é alicerce fundamental para manter e aprimorar o estado democrático de direito", conclui.

César Valente diz que a democracia é o embate das várias forças que tentam se impor, e a liberdade de expressão no país depende da obediência à Constituição e outras leis. De acordo com César, as informações são divulgadas pelos interessados, citando os casos de paralisação no transporte de ônibus como pressão política, servindo como causa de ressonância dos grupos melhor organizados.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Novembrada: 30 anos depois

Foto: Diego Wendhausen Passos
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

A revolta popular que mexeu com Florianópolis


Passados 30 anos da Novembrada, movimento que contribuiu para o fim do regime militar em 1985, quando o país voltou a ser administrado pelos civis e a sociedade brasileira obteve os direitos democráticos com a constituição de 1988 com a volta das eleições diretas para presidente em 1989.

Implantado em 1964, o período ditatorial foi marcado pela perda dos direitos de liberdade de expressão e de imprensa. O Presidente da República era escolhido através de votos de deputados federais e senadores. Milhares de pessoas foram mortas por defenderem uma sociedade justa e democrática, diante da Lei de Segurança Nacional. A partir de 1973, com a crise do petróleo, o “Milagre Econômico” caiu
por terra.

João Baptista Figueiredo assumiu a presidência em 1979, ano em que também marcou a Anistia a muitos presos políticos e o pluripartidarismo, possibilitando a criação de novas agremiações partidárias. Mas, as condições econômicas e sociais eram desfavoráveis para grande parte da população. No mês de novembro, foi agendada a visita de Figueiredo a Florianópolis, para divulgar a construção da Sidersul (Siderúrgica do Sul), em Imbituba e prestar uma homenagem ao Marechal Floriano Peixoto pelos 90 anos da república, contrariando diversas pessoas e escritores da capital, já que o militar foi o responsável pelo massacre do Anhatomirim em 1894, durante a Revolução Federalista. Durante a semana da visita, o reajuste no preço dos combustíveis aumentou a insatisfação popular contra o governo, tornando mais tenso o ambiente.

No dia 30, sexta-feira, a expectativa era grande, pela primeira vez um re
presentante da nação visitara Florianópolis. Um carro oficial conduziu Figueiredo do Aeroporto até o Palácio Rosado, no centro da cidade. Durante o trajeto mulheres batiam panelas pedindo comida. Nas solenidades, algumas crianças cantavam “Figueiredo, Figueiredo”. Jorge Bornhausen, então governador de Santa Catarina, iniciou os discursos e logo foi vaiado pelos funcionários públicos. Rosângela de Souza conta que Bornhausen foi chamado de mentiroso pelos estatutários, dando início ao tumulto. O esforço dos palacianos foi em vão, as palavras de ordem aumentavam sob “chega de sofrer, o povo quer comer”, irritando Figueiredo. Ao aparecer na sacada, fez um sinal com o dedo polegar e o indicador, depois classificou os revoltosos como “um pingo de gente”. Como a maioria interpretou seu gesto como obsceno, começaram a ofendê-lo.

Ao escutar sua mãe sendo insultada, Figueiredo, extremamente exaltado, foi tirar satisfações com os manifestantes, causando uma confusão generalizada. Marize Lippel conta que Figueiredo agiu de maneira irresponsável, querendo revolver a situação no tapa. Durante o café no Senadinho, ou Ponto Chic, mais discussões com manifestantes e troca de socos entre policiais, membros do governo e as pe
ssoas na Felipe Schmidt, quando foi empurrado no carro oficial para não ser linchado durante a confusão, sendo conduzido ao churrasco oferecido pelo governo catarinense em Barreiros, Distrito de São José.

Sete estudantes, vinculados ao DCE da UFSC, foram presos
e enquadrados na Lei de Segurança Nacional. No dia 02 de dezembro de 1979: Marize Lippel, Rosângela de Souza, Geraldo Barbosa, Amilton Alexandre (Mosquito) e Newton Vasconcellos. Já Adolfo Luiz Dias e Lígia Giovanella, respectivamente presidente e vice do Grêmio Estudantil, fugiram para o interior do estado, com medo de serem torturados, entregando-se dia 5 seguinte. Marize recorda que eles foram apontados e eram visados pelo poder público, por liderarem seus respectivos grêmios estudantis. Durante mais de um ano, responderam ao processo na 5ª Região Militar, em Curitiba, sendo absolvidos em fevereiro de 1981, por falta de provas.

Após o episódio, cada um seguiu um caminho. Adolfo Dias falec
eu em 29 de janeiro de 1999, vítima de tumor. Lígia Giovanella atualmente trabalha na Fundação Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Rosângela de Souza é advogada em Florianópolis, ligada as causas trabalhistas e sociais. Marize Lippel trabalhou mais de 20 anos no Samae, em Blumenau, e atualmente trabalha na Diretoria de Vigilância Sanitária, na capital. Newton Vasconcellos é médico na capital catarinense. Geraldo Barbosa é sociólogo e professor universitário. Amilton Alexandre, o Mosquito, depois de administrar o Bar Havana, uma loja de informática e pestar serviços pela Eletrosul, é titular do Blog Tijoladas.

Homenagem a Floriano Peixoto e falta de diplomacia do governo provocaram o tumulto

O historiador Nelson Maurílio Coelho Junior destacou a crise econômica e social que o mundo enfrentava, diante das altas quantias em empréstimos contraídas pelos militares em busca de obras públicas, aumentando a dívida externa brasileira. No contexto internacional, a crise do petróleo, causada pelos conflitos entre os países árabes e israelenses, em 1974 e 1979. Em protesto, os estados árabes, líderes da Opep, aumentaram o preço do combustível buscando uma solução para a disputa, inviabilizando a venda do produto.

Local onde ficaria a placa em homenagem a Floriano Peixoto
Foto: Diego Wendhausen Passos

Nelson frisou que as denúncias de corrupção começaram a ganhar força e tornar a situação política ainda pior. Havia indiferença contra a população, que não participava das discussões e não tinha liberdade de manifestar-se contra os representantes políticos. “A população não tinha participação, não havia transparência, não tinha informação de nada do que acontecia, tudo era proibido, nada era permitido”, completou o historiador.

Outro fato que influenciou a crise foi a placa em homenagem ao general Floriano Peixoto, responsável pelo massacre do Anhatomirim, em 1984, levando centenas de catarinense à morte, no episódio conhecido como Revolução Federalista. A capital mudou o nome de Desterro para Florianópolis, contrariando muitas pessoas até a atualidade. “Foi uma homenagem que o Jorge Bornhausen e o prefeito da época fizeram para o presidente da época e a população não gostou nada dessa homenagem”, falou Nelson.


Marize Lippel recorda que a manifestação decorreu de forma pacífica, declarando o repúdio à situação que o país vivia diante das dificuldades sociais, inflação galopante. De acordo com Marize, o presidente e o governador não souberam contornar o problema. “A postura deles foi a pior possível, de pessoas que não tem a menor disciplina”, completou.

Leia mais

Clic RBS:

Especial Novembrada

O dia em que Santa Catarina desafiou o poder

Entrevista com Lígia Giovanella e Marize Lippel

Placa de homenagem a Floriano Peixoto (Depoimento de Nilo Marques)

Relato de Moacir Pereira

Entrevista com Nelson Wedekin


Conversa com Moacir Loth (jornalista agredido pela polícia)

O trabalho na televisão: Walter Souza

O senadinho e o general: Edy Tremel

Cotidiano - Curso de Jornalismo da UFSC

Novembrada

Ricardinho Machado (Guia Floripa)

domingo, 29 de novembro de 2009

Novembrada: 30 anos depois

Cronograma com a publicação dos trabalhos produzidos pelo blogueiro sobre a Novembrada

Novembrada: 30 anos depois

30/11/2009: Texto Novembrada 30 anos depois
Um resumo sobre os acontecimentos no dia 30/11/1979

01/12/2009: Censura x Liberdade de expressão
Os debates em torno das liberdades democráticas

02/12/2009: Entrevista com Marize Lippel
Marize conta sobre como era a realidade florianopolitana, os acontecimentos e as questões em torno da democracia atual

03/12/2009: Entrevista com Rosângela de Souza
Lelê analisa os acontecimentos e analisa as questões sociais e democráticas no Brasil

04/12/2009: Entrevista com Geraldo Barbosa
Geraldo destaca das mudanças sociais e políticas que o país necessitava e quais ainda precisam

05/12/2009: Entrevista com Lígia Giovanella
Lígia lembra do trabalho como vice-líder estudantil e analisa a questão da censura há 30 anos e na atualidade

06/12/2009: Entrevistas com Nelson Maurílio Coelho Junior e Marco Antônio Mattos
Nelson relata sobre o tema, e Marco Antônio, da experiência como integrante do exército na época

07/12/2009: Entrevistas com Moacir Pereira e César Valente
Um relato da visão dos jornalistas Moacir Pereira e César Valente sobre a Novembrada

08/12/2009: Entrevistas com Sérgio Rubim e Jurandir Camargo
Ambos falam da cobertura que fizeram pelo Jornal O Estado, veículo que trabalhavam

09/12/2009: Entrevista com Walter Souza
Walter Souza fala da cobertura que fez pela RBS TV, onde atuava como repórter

10/12/2009: Entrevista com Valter Severino
Valter lembra o trabalho que realizou pela equipe segurança do governo

11/12/2009: Entrevista com Celso Martins
Celso faz uma análise do período de repressão, Operação Barriga-Verde e Novembrada, comparando aquele período com a atualidade

12/12/2009: Entrevista com Ana Carla Pimenta
A jornalista fala do Trabalho de Conclusão de Curso sobre o tema e do interesse em transformar o projeto em documentário

13/12/2009: Perfil de Amilton Alexandre
Um olhar sobre o Mosquito, envolvido na Novembrada e atual titular do Blog Tijoladas

sábado, 28 de novembro de 2009

NOVEMBRADA: SUBLEVAÇÃO POPULAR PÕE A DITADURA EM XEQUE

Fonte: Sérgio Rubim (Canga)




Por Olsen Jr.

Começou em 1968, na França. Os operários em greve tiveram a adesão dos estudantes universitários. Cada movimento com reivindicações próprias, mas unidos.

Depois se alastrou pelo mundo. A motivação poderia ser diferente, mas havia sempre um gancho. Nos EUA foi o Vietnã, no Brasil, a morte do estudante Edson Luís no Restaurante “Calabouço” que causou comoção nacional e desembocou na Passeata dos Cem Mil, a maior manifestação civil contra a ditadura vista até então.

Na Inglaterra, Alemanha, Japão, Itália, Tchecoslováquia, Polônia, os levantes estudantis que se espalharam pelo planeta fizeram de 1968 um ano que entrou para a história como símbolo de insatisfação e também de utopia.

Tanto nos países comunistas quanto nos capitalistas, o grande fantasma que assombrava o status quo era a “fusão das lutas” de estudantes e trabalhadores, como ressaltou Remi Kauffer do Instituto de Estudos Políticos de Paris.

No Brasil a saturação foi dando-se aos poucos, nos dez anos que antecederam a visita do então presidente João Batista Figueiredo a Florianópolis no episódio conhecido como “Novembrada”. Teve a morte do operário Manoel Fiel Filho, sob tortura, somadas com a do jornalista Vladimir Herzog, igualmente, e que punham sob suspeita os métodos de manutenção da ordem pública alegados pelo governo.

Houve a exoneração do ministro do exército, Sylvio Frota que foi desautorizado com o ato a antecipar o procedimento sucessório ao presidente da república, na época o General Ernesto Geisel. O fato acabou tornando público a chamada “linha dura” dentro das Forças Armadas. Um grupo que era refratário ao processo de “Abertura política” que contava com amplo apoio da sociedade civil organizada e principalmente dos estudantes. Aliás, estes preferiam que tudo acontecesse com maior rapidez.

Com a edição do AI-5 e conseqüente, fechamento do Congresso Nacional, o regime atingiu o paroxismo em termos de cerceamento da liberdade.

Foi o presidente Figueiredo (que sucedeu Geisel) o encarregado de levar adiante a propalada “Abertura” que deveria ser lenta, gradual e irrestrita.

O mesmo mandatário que afirmou: “O povo é massa de manobra”; que disse preferir o cheiro de cavalo ao cheiro de gente, mas também havia dito que quem fosse contra a “Abertura” “...Eu prendo e arrebento”.

No dia 30 de novembro de 1979 celebrando os 90 anos da República foi marcada a visita do presidente Figueiredo à Florianópolis. Embora o AI-5 tivesse sido revogado, e o País caminhasse lentamente para uma democracia, o processo ainda levaria tempo e havia uma insatisfação permanente não só com o cerceamento de algumas liberdades, mas algumas questões de ordem econômica que não se resolviam.

Os universitários, através do DCE – Diretório Central dos Estudantes, resolveram fazer um protesto em frente do Palácio Cruz e Sousa. O que deveria ser uma festa acabou em tumulto quando se pretendeu homenagear o patrono da cidade, o “Marechal de Ferro”, Floriano Peixoto, persona non grata para os catarinenses por ter mandado fuzilar centenas de pessoas (que eram contrárias à República) na Ilha de Anhatomirim.

O confronto dos manifestantes como presidente do Brasil ganhou repercussão internacional e certamente favoreceu o processo de reabertura democrática no País.

Para satisfazer ao pedido do presidente, de que os “culpados” deveriam ser presos, alguns estudantes sofreram um processo de enquadramento na Lei de Segurança Nacional, mas foram posteriormente absolvidos. Minha homenagem aos amigos Adolfo Dias (in memoriam), Amilton Alexandre e Rosangela de Souza.

Os estudantes sempre tiveram um papel importante no destino do Brasil, está lá na obra “O Poder Jovem”, do amigo Arthur José Poerner, aqui o meu respeito também àqueles que não se intimidaram diante da barbárie, o que tornou até esse texto possível!

Nota do Blogueiro:
Também presto minha homenagem aos estudantes que lutaram pela nossa democracia. Ao Adolfo, que não conheci, ao Mosquito, além da Lígia, do Geraldo, da Rosângela, nossa Lelê, e a Marize.

domingo, 22 de novembro de 2009

Eventos sobre os 30 anos da Novembrada

Eventos que serão realizados sobre os 30 anos da Novembrada nesta semana

Evento promovido pelo Departamento de Sociologia Política, da UFSC

Sessão solene na Câmara dos Vereadores de Florianópolis


Livro Abaixo as Ditaduras, escrito por Lédio Rosa de Andrade


Fontes:


Sérgio Rubim (Canga)
http://cangarubim.blogspot.com/2009/11/o-nosso-hino-mais-bonito.html

Celso Martins (Sambaqui na Rede 2)
http://sambaquinarede2.blogspot.com/

Tijoladas do Mosquito
Novembrada 30 anos – Dia 30 às 19 h na ALESC – Desembargador Lédio Rosa de Andrade – ex-lider e militante estudantil, lança livro “Abaixo as ditaduras”
NOVEMBRADA 30 ANOS (1979-2009) Eu estava lá!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Vice-prefeito defende redução nos horários de ônibus

João Batista Nunes defende redução dos horários de ônibus

Se era ruim, a tendência é piorar. O vice-prefeto e secretário de transportes disse que pode parecer incoerente, mas frisa que a prioridade do trânsito na cidade é o transporte coletivo.

A empresa Transol, por exemplo, teve 36 linhas com maiores intervalos nas saídas e nas chegadas. Para João Batista, o principal motivo é o excesso de horários com baixa demanda, elevando o custo da tarifa.

Transol teve redução de horários em 36 linhas
Foto: Diego Redel (Clic RBS)

Segundo o vice-prefeito, a ideia é fazer um raio-x do trânsito na cidade, e completa: "Não podemos colocar um ônibus na rua para atender cinco ou 10 pessoas, pois quem paga por isso somos todos nós. Estamos tentando equacionar o valor da tarifa, por isso, também sugiro que se discuta o verdadeiro papel do cobrador. Acho errado o usuário ter de pagar duas vezes pela mesma coisa: pelo funcionário do ônibus e pelo sistema eletrônico que existe nos veículos".

A pergunta que fica no ar:
Por que a prefeitura não disponibiliza de mais frotas de ônibus nos horários de pico, tendo em vista que muitos dos itinerários chegam a ter superlotação?

Fontes:
Clic RBS
(Vice-prefeito defende novos horários de ônibus em Florianópolis e questiona papel do cobrador)
Tijoladas do Mosquito
(João Batista apoia a redução de horários da porcaria dos ônibus de Florianópolis)

domingo, 25 de outubro de 2009

Conscientização ecológica

Floripa reciclada, consciência renovada

Foi o grito dos alunos do 8º ano do Educandário Imaculada Conceição. Quando estava indo ao Hotel Intercity para gravar conversa com o jogador Evando, atualmente na Ponte Preta, como parte integrande de meu Trabalho de Conclusão de Curso, o famoso TCC, o blogueiro passava pelo Terminal do Centro, quando encontrei os estudantes, acompanhados pela professora Anaide, em campanha para conscientização na coleta de lixo.

Enquanto nosso prefeito segue viajando em campanha para 2010, como candidato ou para apoio a alguma liderança de seu grupo, Florianópolis segue com diversos problemas, principalmente no sistema viário, obras em horários de alto fluxo de veículos, causando engarrafamentos e irritando a população da cidade, deixando de lado os compromissos firmados na última eleição.

Ausente em muitas comunidades da ilha, a coleta seletiva de lixo não atende da forma que deveria toda a população. A professora Anaide disse que a escola trabalha com o projeto há anos e que "este ano nós entramos no projeto Eco Quiz, que é desenvolver nas turmas a consciência pela necessidade de preservar o meio ambiente", destacou.


Alunos participam de projeto de conscientização
Foto: Diego Wendhausen Passos

Veja mais:
Artigo do Educandário Imaculada Conceição no Eco Quiz, CLIQUE AQUI
Projeto do Educandário Imaculada Conceição sobre o Eco Quiz 2009, CLIQUE AQUI
Eco Quiz
Trilha da Ilha

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Florianópolis é a capital com a tarifa de ônibus mais cara do país

Com uma passagem de ônibus absurdo e um sistema de transporte deficiente, nossa cidade para a tarifa mais cara dentre as capitais brasileiras. Com um sistema (des)integrado, na contra mão das propagandas que aparecem na mídia.

A propaganda enganosa que fizeram neste ano, utilizando e enganando o ator da Rede Globo, Sérgio Lordoza, gerou inúmeras revoltas da população no município. Ano passado respondi a um questionário, realizado por alunos da UFSC, em relação ao transporte coletivo da cidade, mas até hoje não vi os resultados do mesmo. Certamente não foram positivos. Se o serviço fosse bem avaliado, eles (os empresários do transporte coletivo) divulgariam na mídia, como se estivesse tudo bem.


Propaganda enganosa
Foto retirada do Blog Tijoladas do Mosquito

Outro fator interessante é a diferença nos valores das passagens. Quem possui cartão, paga R$ 2,20, com direito a integrar pelo período de uma hora, enquanto aqueles que utilizam dinheiro, precisam desembolsar R$ 2,80 a cada passagem pela catraca. Vai totalmente fora do contexto lógico de um sistema que dizem ser integrado.

Veja as tarifas das capitais brasileiras

Retirado do Correio da Bahia

Pela ordem: Cidade, tarifa, último reajuste e previsão de reajuste

Florianópolis (SC): R$ 2,80 - ago/09 - sem previsão
Campo Grande (MS): R$ 2,50 - abr/09 - sem previsão
Belo Horizonte (MG): R$ 2,30 - fev/09 - fev/10
Cuiabá (MT): R$ 2,30 - jul/09 - sem previsão
Porto Velho (RO): R$ 2,30 - fev/09 - sem previsão
Porto Alegre (RS): R$ 2,30 - fev/09 - fev/10
São Paulo (SP): R$ 2,30 - nov/06 - jan/2010
Manaus (AM): R$ 2,25 - ago/09 - sem previsão
Salvador (BA): R$ 2,20 - jan/09 - sem previsão
Goiânia (GO): R$ 2,20 - abr/09 abril ou maio/2010
Curitiba (PR): R$ 2,20 - jan/09 - sem previsão
Rio de Janeiro (RJ)*: R$ 2,20 - dez/07 - sem previsão
Maceió (AL): R$ 2,00 - jan/09 - sem previsão
Brasília (DF): R$ 2,00 - dez/06 - sem previsão
Natal (RN): R$ 2,00 - set/09 - sem previsão
Boa Vista (RR): R$ 2,00 - jun/09 - sem previsão
Palmas (TO): R$ 2,00 - mai/09 - sem previsão
Macapá (AP): R$ 1,95 - jul/08 - sem previsão
Aracaju (SE): R$ 1,95 - fev/09 - sem previsão
Rio Branco (AC): R$ 1,90 - jul/09 - sem previsão
Vitória (ES): R$ 1,85 - jan/09 - jan/10
Recife (PE)*: R$ 1,85 - jan/09 - geralmente é anual, mas não há data
Fortaleza (CE): R$ 1,80 - mai/09 - sem previsão
João Pessoa (PB)**: R$ 1,80 - jan/09 - sem previsão
Teresina (PI): R$ 1,75 - jan/09 - sem previsão
Belém (PA): R$ 1,70 - set/08 - sem previsão
São Luís (MA): R$ 1,60 - jul/04 - sem previsão
* Tarifa para 80% da frota
** Ônibus convencional, sem ar condicionado
Fonte: prefeituras

Leia também:
Clic RBS
Correio da Bahia
Tijoladas do Mosquito - SETUF (Pesquisa Ibope)
Tijoladas do Mosquito - A realidade do transporte coletivo em Florianópolis

terça-feira, 30 de junho de 2009

Greve de ônibus em Florianópolis

Segunda greve em 30 dias

Pela segunda vez neste ano, a primeira havia acontecido mês passado, e durou dias 19 e 20, deixando muitas pessoas sem meio de transporte.

Nosso sistema é complicado, tarifa elevada, serviço de má qualidade, falta de integração entre as linhas alimentadoras. Perdi a conta de quantas vezes perdi ônibus por questão de segundos, tanto do Bairro para o Centro, como o inverso.

Além disso, a prefeitura não assume o serviço, deixando nas mãos dos empresários, onde algumas empresas detém a exclusividade da concessão dividas por regiões. A Transol, fica com as regiões da Lagoa da Conceição, Santo Antônio de Lisboa, Pantanal, Saco dos Limões, Itacorubi e Santa Mônica, a Canasvieiras, Norte da Ilha, a Estrela, com o Continente, a Insular, antiga Ribeironense, o Sul da Ilha, e a Biguaçu, com São José e Biguaçu. Não existe concorrência, um oligopólio desses grupos.

Ano passado falou-se no fim da concessão, que vencera em fevereiro deste ano, mas até agora não houve nova licitação. Os usuários sempre sofrem as consequências, pois ficam sem ônibus, pagam pelos aumentos nas passagens, além de utilizar um serviço de baixa qualidade.

O prefeito Dário Berger, que em 2004 prometeu "abrir a caixa preta" do transporte público na Grande Florianópolis, deve nesta hora chamar a responsabilidade para si e buscar uma solução para esta nova crise.

A prefeitura deveria tornar o serviço público, buscando atender a necessidade da população, deixando de lado os interesses comerciais dos grupos que controlam o setor, que escolhem os horários conforme interesse próprio.

O transporte coletivo da capital tem muito a melhorar, mas de fato, deixando de lado os comerciais e propagandas em rádio e televisão.