domingo, 22 de agosto de 2010

Entrevista com Sargento Amauri Soares

Sargento Amauri Soares
Foto: Diego Wendhausen Passos

Data da entrevista: 06/07/2010

Diego: Com três alternativas a seguir, dentre elas uma aliança com o PT, a candidatura própria ou um acordo com o PP, a sigla escolheu ficar ao lado da agremiação progressista, depois de integrar a base governista. Qual a razão da opção de um acordo com os pepistas, grupo contrário ao governo?

Sargento Soares: Não sei. Nós tínhamos colocado nosso nome à disposição do partido para ser candidato a governador, sacrificando inclusive a vaga e o processo a deputado estadual. Infelizmente, a sigla rejeitou a candidatura própria, embora não tenha firmado e nem votado isso, acabou por rejeitar e resolveu sair coligado com uma agremiação que representa historicamente, parte da representação da oligarquia e da grande burguesia no estado de Santa Catarina, de forma que eu não tenho explicação, a não ser o crescimento de uma linha fisiológica dentro do PDT, quanto ao evidente, nós não concordamos.

Diego: Em nível nacional, os pedetistas fecharam acordo com a candidata petista Dilma Rousseff, enquanto fecharam com Ângela Amin em nível estadual, adversária de Ideli Salvatti. Por que a sigla não se aliou com o PT em Santa Catarina?

Sargento Soares: Na mesma linha, porque tem a posição nacional, que está com a Dilma, e aqui no estado, o correto seria estar com a candidatura mais alinhada com a candidatura petista, e não estou nem entrando em mérito se concordo ou discordo dessa posição, mas, por coerência, deveria ser isso, mas parece que o encanto, em torno de possibilidade de participação em um futuro governo, como vice, e parece que visam, majoritariamente, no PDT, que a Ângela Amin tem mais chance de ganhar, acabaram optando por isso. Eu acho que está incorreto. A decisão, na minha avaliação, não foi tomada pelo espaço democrático, foi por algumas pessoas, dentro de sala fechada. A convenção do partido não decidiu isso, portanto, a própria legitimidade dessa decisão, na minha avaliação, está equivocada. Nós queríamos a candidatura própria, para defender um projeto para a classe trabalhadora, servidores públicos, bases da sociedade catarinense. Isso nós queríamos, buscamos construir ao longo de 50 dias. Não tivemos êxito dentro da sigla, ainda não sabemos o que fazer, com relação ao governo do estado. Do meu ponto de vista pessoal, ainda não sei o que fazer com relação ao governo do estado, uma vez que o partido tomou a posição, não só diferente, inclusive oposta daquilo que estávamos buscando, construir com a candidatura própria, com o meu nome como candidato a governador.

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