domingo, 24 de agosto de 2014

Daniel Ricciardo vence na Bélgica

Australiano ganha pela segunda vez consecutiva

A corrida, bastante movimentada desde os primeiros metros, começou a se definir em favor da Red Bull na segunda volta, quando a dupla da Mercedes, Lewis Hamilton e Nico Rosberg se tocaram após uma tentativa de ultrapassagem do piloto alemão após a saída da reta Kemmel, o inglês levou a pior, caindo para as últimas colocações depois de um pneu furado. Nico ainda conseguiu fazer a volta mais rápida e superar os finlandeses Valtteri Bottas e Kimi Raikkonen, garantindo o 2º lugar, ampliando a liderança no campeonato. A dupla nórdica também teve um fim-de-semana positivo. Bottas ainda ultrapassou Kimi nas voltas finais, ficando com o último lugar do pódio. Felipe Massa não pontou, cruzando a linha de chegada na 13ª posição. O brasileiro disse que um dos pedaços do Mercedes de Hamilton preso debaixo do assoalho prejudicou o desempenho do competidor da Williams.

A dupla da McLaren conseguiu terminar a corrida entre os sete melhores. Kevin Magnussen travou uma dura luta com Alonso pelo 5º posto, mas ambos foram superados pelo tetracampeão Sebastian Vettel na penúltima volta, deixando o dinamarquês ainda na 6ª colocação, logo a frente de Jenson Button, resultado que deixa a equipe de Woking a frente da Force India na classificação entre as equipes. Porém, após a corrida, Magnussen foi punido com 20 segundos de acréscimo no tempo final de corrida, caindo para o 12º, ficando sem pontos. O time indiano pouco apareceu na Bélgica. O mexicano Sergio Perez ainda somou quatro pontos, com o 10º lugar, e Nico Hulkenberg, eliminado ainda na 1ª fase dos treinos de classificação, foi 10º colocado, marcando o último ponto, trás do russo Daniil Kvyat, da Toro Rosso, o 9º colocado.

Resultados:

Pole: Nico Rosberg, Mercedes
Melhor Volta: Nico Rosberg, Mercedes

Corrida:
1º) Daniel Ricciardo, Red Bull Renault
2º) Nico Rosberg, Mercedes
3º) Valtteri Bottas, Williams Mercedes
4º) Kimi Raikkonen, Ferrari
5º) Sebastian Vettel, Red Bull Renault
6º) Jenson Button, McLaren Mercedes
7º) Fernando Alonso, Ferrari
8º) Sergio Perez, Force India Mercedes
9º) Daniiel Kvyat, Toro Rosso Renault
10º) Nico Hulkenberg, Force India Mercedes

Classificação

Mundial de Pilotos
1º) Nico Rosberg, 220 pontos
2º) Lewis Hamilton, 191 pontos
3º) Daniel Ricciardo, 156 pontos
4º) Fernando Alonso, 121 pontos
5º) Valtteri Bottas, 110 pontos
6º) Sebastian Vettel, 98 pontos
7º) Nico Hulkenberg, 70 pontos
8º) Jenson Button, 68 pontos
9º) Felipe Massa, 40 pontos
10º) Kimi Raikkonen, 39 pontos
11º) Kevin Magnussen, 37 pontos
12º) Sergio Perez, 33 pontos
13º) Jean-Eric Vergne, 11 pontos
14º) Romain Grosjean, 8 pontos
15º) Daniil Kvyat, 8 pontos
16º) Jules Bianchi, 2 pontos

Mundial de Construtores
1º) Mercedes, 411 pontos
2º) Red Bull Renault, 254 pontos
3º) Ferrari, 160 pontos
4º) Williams Mercedes, 150 pontos
5º) McLaren Mercedes, 105 pontos
6º) Force India Mercedes, 103 pontos
7º) Toro Rosso Renault, 19 pontos
8º) Lotus Renault, 8 pontos
9º) Marussia Ferrari, 2 pontos

domingo, 10 de agosto de 2014

Os 100 anos do Primeira Guerra Mundial

Conflito mudou a ordem geopolítica do planeta

Com a emancipação da Alemanha e da Itália, na segunda metade do Século XIX, duas novas potências começaram a ameaçar a hegemonia inglesa, tanto no continente europeu, como nas colônias localizadas na Ásia e na África.

As principais potências europeias, com a iminência de um conflito, iniciaram uma política de alianças. Os alemães uniram-se aos italianos e austro-húngaros, formando a Tríplice Aliança, em 1882. Anos mais tarde, em 1905, ingleses e franceses, outrora inimigos, juntaram-se com os russos, formando a Tríplice Entente. Fora as parcerias, a ascensão da Alemanha, que ficou com a Alsácia e Lorena, territórios da França, conquistado na guerra franco-prussiana, em 1870, acirrou a rivalidade entre as duas nações. Com a expansão dos tedescos, os britânicos, maior potência política e econômica no período, via a posição ameaçada no cenário regional e global.

Durante algumas décadas, a “paz armada” reinou. Até junho de 1914, quando o herdeiro do trono austríaco, Francisco Ferdinando, foi assassinado por Gavrilo Princip, em Sarajevo, capital sérvia. O incidente foi o estopim para iniciar um conflito que se aproximava, devido as tensões entre os países, não só na Europa, mas também nas colônias situadas na África e na Ásia. Apoiada pelos russos, a Sérvia não se retratou ao império austro-húngaro, deixando alemães e austríacos de um lado, contra ingleses, franceses, russos e belgas, em lado oposto. Território neutro, a Bélgica foi invadida pelo exército alemão, ingressando no combate ao lado da Entente. Os italianos, devido a promessa de territórios, ficaram contra o grupo em que integravam.

O confronto seguiu equilibrado até 1917, quando o conflito tomou rumos decisivos. Com o início da revolução socialista, que em 1922 deu início a União Soviética, culminando na queda do czar Nicolau II. Os russos assinaram um acordo de paz com a Alemanha, deixando a guerra, enquanto os Estados Unidos, após terem dois navios afundados por submarinos alemães, ingressaram ao lado dos ingleses. As batalhas duraram até novembro de 1918, quando o governo tedesco assinou um armistício com os ingleses e franceses.

Após a derrota, os germânicos sofreram inúmeras perdas territoriais e financeiras. Os austríacos perderam a Hungria, que se tornou independente. A Sérvia deu lugar a Iugoslávia. Alemanha e Rússia deixaram de ser países vizinhos, com o surgimento da Polônia. O tratado de Versalhes, assinado em 1919, foi o pontapé inicial para a Segunda Guerra, que aconteceu entre 1939 a 1945, o conflito mais violento da história da humanidade, devido as punições pesadas aos países derrotados na primeira guerra. A Liga das Nações foi criada com a missão de manter a paz, mas revelou-se ineficiente, por não aceitar Alemanha e União Soviética, além da ausência dos Estados Unidos, que se tornou a principal potência política e econômica do mundo.

A grave crise social e econômica que os alemães enfrentaram durante pouco mais de uma década contribuiu para o surgimento de lideranças ultranacionalistas, como Benito Mussolini, na Itália, e Adolf Hitler, na Alemanha. Ambos formaram um acordo também com o Japão, criando o eixo Roma-Berlim-Tóquio, marcado pelo uso da força na conquista por territórios, dando início a uma nova guerra.