quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Guerra do Contestado (1912-1916)


Parte 3: Historiografia

Disputas territoriais, batalhas judiciais, construção da estrada de ferro, fatores políticos e econômicos, além da expulsão dos habitantes das terras que viviam no local há anos e as batalhas entre sertanejos contra tropas oficiais do governo do Paraná estão entre algumas das causas da Guerra do Contestado.

As grandes causas foram políticas e sociais, e não apenas a estrada de ferro, ou o “grande dragão que cuspia fogo”, trecho citado no livro Geração do Deserto, de Guido Wilmar Sassi. Os fatores relacionados acima, cada um deles, ajudaram a culminar com o desencadeamento do conflito, que durou quatro anos. O nome entrou para a história por ter ocorrido na região contestada pelos governos paranaense e catarinense, e a ocupação do Irani, em 1912, pelos sertanejos, liderados por José Maria, foi o estopim para João Gualberto Gomes de Sá Filho, pretendente ao governo do Paraná, investir contra o grupo do monge, ocasionando a morte de ambos no primeiro combate.

Qual foi a grande causa do problema? De acordo com o jornalista e historiador Celso Martins, a estrada de ferro foi utilizada como bode expiatório, mas na verdade ela foi construída dentro da área que estava sendo disputada pelos dois estados, além da expulsão dos habitantes do local.

A história contada hoje pode ser outra contada daqui a anos. Ela vai se modificando conforme os paradigmas ou pesquisas e estudos feitos ao longo dos anos, textos e documentos que vão sendo analisados e publicados. Existem várias formas de se passar, repassar, escrever ou reescrever o que aconteceu.

A Guerra do Contestado não foge a regra. O que falamos hoje, poderá ser visto de outra forma no futuro.

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