domingo, 28 de fevereiro de 2010

Análise do quadro eleitoral

Estamos chegando em março e o período eleitoral está chegando. Neste ano, escolheremos o novo presidente e um novo governador, que Lula e Luis Henrique não poderão concorrer a novo mandato, além de dois senadores e deputados estaduais e federais.

Em nível nacional, Dilma Rousseff será a candidata do governo ao Palácio do Planalto, representando a bandeira petista, que tentará manter-se no poder por mais quatro anos. O PSDB provavelmente apostará as fichas em José Serra, mas Aécio Neves também poderá figurar como candidato. Os Democratas certamente estarão ao lado dos tucanos, mas ainda não se sabe se indicarão o nome do vice ou apenas estarão na aliança.

Pedetistas e comunistas, além de PR e PRB, ligados ao antigo Partido Liberal, estarão do lado dos petistas. O PMDB, novamente dividido, desta vez, uma parte apoia candidatura própria, com o nome do paranaense Roberto Requião, enquanto outros se dividem entre Dilma Rousseff e José Serra.

Marina Silva e Heloísa Helena são outros nomes muito falados neste pleito. Ex-companheiras nos tempos de PT, ambas poderão até estar dividindo o mesmo palanque, mas o PSOL quer candidatura própria.

Aqui em Santa Catarina, o interesse do prefeito de Florianópolis, Dário Berger, poderá mudar os rumos do quadro político no estado. Os peemedebistas, em princípio, indicarão o vice do senador Raimundo Colombo, mas cogita-se que também saiam com solitários no primeiro turno. Embora o governador Luis Henrique defenda a manutenção da tríplice aliança, ou polialiança, terá vida mais difícil caso o PMDB não feche coligação com tucanos e democratas. Dário e Pinho Moreira farão dobradinha, enquanto Paulo Afonso é cotado para concorrer ao senado junto com o atual governante e adversário político.

O PSDB, antes das denúncias de corrupção envolvendo o vice-governador Leonel Pavan, era o nome da vez na coligação, mas a situação ficou muito difícil. Pavan é um dos possíveis candidatos a deputado federal.

Na base governista, o principal desejo é a manutenção da aliança, mas o PMDB está dividido. Dário Berger poderá até apoiar a cadidatura Dilma, como seu concorrente direto Pinho Moreira e o ex-governador e diretor da Eletrosul, Paulo Afonso.

Os pepistas, que perderam muito espaço nos últimos anos, estarão ao lado dos petistas, ou lançarão o nome da ex-prefeita da capital Angela Amin, um dos principais nomes nesta eleição. O marido dela, Esperidião Amin, tentará um lugar no senado, mas, em caso de aliança com o PT, buscará uma vaga na câmara federal.

Fechados com o PR e o PRB, o os petistas estão centrados na senadora Ideli Salvatti. A parlamentar ressalta que a sigla está unida em torno de sua candidatura, preferencialmente para o governo, com a indicação do empresário Udo Döhler como vice de Ideli. Em caso de aliança com os progressistas, ela ou Angela sairão ao senado. Outra hipótese é uma aliança entre petistas e progressistas no segundo turno, caso ambos figurem com candidaturas independentes.

O PDT e o PC do B estão em conversas para uma aliança, para um acordo no estado. Em nível nacional, ambos integram a base de apoio a Lula e aderiram ao nome de Dilma, mas em Santa Catarina, buscam um nome para o governo, provavelmente com os pedetistas.

Neste mês o PMDB escolherá entre Pinho Moreira e Dário Berger, sendo decisivo na manutenção dos planos governistas ou em nova configuração no quadro político do estado.

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