domingo, 11 de maio de 2014

Especial Ayrton Senna: Parte 4

A consagração e o sonho interrompido

Diferente da Lotus, a McLaren possuía uma estrutura mais forte e tinha condições de oferecer a Senna um equipamento capaz de disputar o título mundial. Mas o brasileiro teve ao seu lado, o francês Alain Prost, que tinha dois títulos. Sem concorrência de outras escuderias, ambos largaram na frente em 15 das 16 corridas e também ganharam 15 vezes, perdendo apenas na Itália, quando Senna bateu com o francês Jean-Louis Schlesser, que substituiu Nigel Mansell na Williams. A equipe de Grove perdeu os motores Honda e utilizou os propulsores da Judd, e Nelson Piquet, campeão um ano antes, levou o número 1 para a Lotus, mas ambos não tiveram uma boa temporada. Piquet ficou em 6º lugar, enquanto Mansell completou apenas duas corridas, sendo 2º colocado na Inglaterra e na Espanha. Gerhard Berger, correndo na Ferrari, foi pole na Inglaterra e venceu na Itália, fazendo dobradinha com Michele Alboreto, que deixou a escuderia de Maranello no final de 1988, e o belga Thierry Boutsen, 4º colocado, obtiveram algum destaque na disputa polarizada entre os carros de Woking. Senna, mesmo somando menos pontos que Prost no total, contou com os descartes para conquistar a taça no Japão, recuperando-se de problemas na largada para vencer em solo nipônico, penúltima etapa do certame.

Para 1989, começou de vez a maior rivalidade já vista na Fórmula 1. Após um acordo, Senna passou Prost logo após a largada, em San Marino, gerando diversas desavenças entre ambos ao longo da temporada. Com quatro vitórias, contra seis de Ayrton, o francês garantiu o título no Japão, após uma polêmica batida entre ambos nas voltas finais. Prost abandonou a corrida, enquanto o brasileiro ainda conseguiu ultrapassar a Benetton de Alessandro Nannini e cruzar a linha de chegada na frente, mas foi desclassificado, pois o regulamento não permitia cortar a última chicane.

Com a transferência de Alain Prost para a Ferrari, Gerhard Berger passou a ser companheiro de equipe de Senna, tornando-se um dos maiores amigos do brasileiro fora das pistas. Com uma campanha mais regular, Ayrton venceu a disputa, novamente contra o francês, e em mais uma decisão polêmica. Desta vez, o piloto da McLaren atingiu a Ferrari na primeira curva, tirando ambos da corrida. Com seis vitórias, e 78 pontos, o brasileiro garantiu o título pela segunda vez.

Em 1991, a Williams, equipada com os motores Renault, passou a ter o melhor carro. Enquanto os carros de Frank Williams enfrentavam problemas nas primeiras etapas, Ayrton Senna aproveitou para ganhar as quatro primeiras corridas do ano, garantindo a vantagem que ajudou a ganhar o campeonato no fim da temporada. Contando com um inspirado Nigel Mansell e com atuações sólidas do italiano Riccardo Patrese, o time de Grove iniciou uma grande reação antes da metade da disputa, dando muito trabalho para o brasileiro, que passou a administrar a diferença construída no início. Novamente o título veio no Japão, após um erro do britânico no início da corrida, vencida pelo companheiro de Senna, ao austríaco Berger. Nelson Piquet, correndo pela Benetton, deixou a Fórmula 1 naquele ano, vencendo no Canadá, após Mansell parar na volta final, e Prost deixou a Ferrari após inúmeras divergências com a cúpula italiana. Também estrearam na categoria, dois futuros campeões: Mika Hakkinen, pela Lotus, e Michael Schumacher, pela Jordan. Schumacher, na Itália, foi para o lugar de Roberto Moreno, na Benetton, e competiu ao lado de Piquet as últimas cinco corridas, mostrando bons desempenhos.

A supremacia da Williams demonstrada um ano antes, tornou-se domínio em 1992. Senna ainda fez uma pole no Canadá, enquanto Berger venceu a corrida. Com um carro contando com suspensão ativa e dispositivos eletrônicos bem entrosados com o carro, Mansell venceu facilmente o campeonato. Em Mônaco, aproveitando-se de um problema com Nigel, Senna segurou a pressão do inglês nas voltas finais, vencendo no principado. O brasileiro ainda venceu na Hungria e na Itália, enquanto Michael Schumacher superou os carros de Grove na Bélgica, vencendo a primeira na Fórmula 1. Os carros de Frank Williams passaram a ser bem disputados, e Alain Prost acertou para 1993, vetando a participação do brasileiro no time, buscando evitar novos atritos internos. A McLaren conseguiu manter Senna, mas perdeu Gerhard Berger, que foi correr ao lado de Jean Alesi na Ferrari.

Correndo boa parte do ano ao lado de Michael Andretti e as três últimas corridas tendo Mika Hakkinen em seu último ano pela escuderia comandada por Ron Dennis, Senna deu um show de pilotagem ao longo da temporada. As cinco vitórias no campeonato, e o 2º lugar entre os pilotos, chegando a liderar no começo do ano, credenciaram ao brasileiro um lugar na Williams, lugar que almejava desde 1991. Em Donington, ultrapassou Michael Schumacher, Karl Wendlinger, Damon Hill e Alain Prost, na primeira volta, em corrida disputada sob chuva. Assim como Senna, Schumacher também mostrou bastante competitividade, com ambos dando muito trabalho aos pilotos da Williams, ficando em 4º lugar e vencendo em Portugal, segurando a pressão de Prost, na corrida que assegurou ao francês o tetracampeonato. Com mais um título na conta, Alain anunciou a aposentadoria no circuito da Fórmula 1, deixando o caminho livre para Senna ingressar na equipe de Sir Frank.

Mas os dispositivos eletrônicos, grande trunfo da Williams, como suspensão ativa e controle de tração, foram excluídos para 1994, tornando os carros instáveis. Senna continuou mostrando velocidade, mas teria que acertar o carro, que não mostrou a mesma estabilidade, ao contrário da Benetton, que conseguiu dar a Schumacher um equipamento melhor acertado. Mesmo sem pontuar nas três etapas que disputou, Ayrton ainda conseguiu largar na frente sempre que alinhou para o grid na última temporada que competiu. Depois de abandonar no Brasil e bater com a Ferrari de Nicola Larini, em Aida, saiu sem pontos, enquanto o competidor alemão obteve duas vitórias. Precisando da recuperação em San Marino, o brasileiro garantiu a pole novamente, mas o final de semana foi marcado por tragédias. Rubens Barrichello escapou nos treinos, e o austríaco Roland Ratzenberger perdeu a vida no dia seguinte, deixando os pilotos preocupados com a sensação de insegurança. Logo na largada, a Lotus de Pedro Lamy atingiu o Benetton de Jirky Jarvi Lehto, provocando a intervenção do safety car. Após a relargada, Ayrton Senna chocou-se na Tamburello na sétima volta, sendo atingido pelo braço da suspensão, perfurando o cérebro do piloto, que perdeu a vida logo depois.

Com 41 vitórias, 65 poles e 19 voltas mais rápidas, Senna deixou uma grande legião de fãs, entre torcedores e colegas de trabalho. Após isso, as normas de segurança passaram a ser ainda mais rigorosas e nenhum outro piloto voltou a perder a vida no circuito da Fórmula 1, devido as melhorias feitas nos projetos dos carros.

Os resultados de Ayrton Senna

1988

Equipe: McLaren Honda

Classificação: Campeão, com 90 pontos (com os descartes)/94 (sem os descartes)

Vitórias: 8 (San Marino, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Hungria, Bélgica e Japão)

Poles: 13 (Brasil, San Marino, Mônaco, México, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Hungria, Bélgica, Itália, Espanha, Japão e Austrália)

1989

Equipe: McLaren Honda

Classificação: Vice-campeão, com 60 pontos

Vitórias: 6 (San Marino, Mônaco, México, Alemanha, Bélgica e Espanha)

Poles: 13 (Brasil, San Marino, Mônaco, México, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Itália, Portugal, Espanha, Japão e Austrália)

1990

Equipe: McLaren Honda

Classificação: Campeão, com 78 pontos

Vitórias: 6 (Estados Unidos, Mônaco, Canadá, Alemanha, Bélgica e Itália)

Poles: 10 (Brasil, San Marino, Mônaco, Canadá, Alemanha, Bélgica, Itália, Espanha, Japão e Austrália)

1991

Equipe: McLaren Honda

Classificação: Campeão, com 96 pontos

Vitórias: 7 (Estados Unidos, Brasil, San Marino, Mônaco, Hungria, Bélgica e Austrália)

Poles: 8 (Estados Unidos, Brasil, San Marino, Mônaco, Hungria, Bélgica, Itália e Austrália)

1992

Equipe: McLaren Honda

Classificação: 4º lugar, com 50 pontos

Vitórias: 3 (Mônaco, Hungria e Itália)

Pole: 1 (Canadá)

1993

Equipe: McLaren Ford

Classificação: Vice-campeão, cm 73 pontos

Vitórias: 5 (Brasil, Europa, Mônaco, Japão e Austrália)

Pole: 1 (Austrália)

1994

Equipe: Williams Renault

Classificação: sem pontos

Poles: 3 (Brasil, Pacífico e San Marino)

Lewis Hamilton vence na Espanha

Britânico ganha em Barcelona e assume liderança no campeonato

A corrida catalã foi marcada por outro domínio da Mercedes, que voltou a ganhar facilmente. Nas últimas voltas, ainda houve uma aproximação de Nico Rosberg, mas Hamilton conseguiu manter a dianteira e cruzar a linha de chegada na frente.

A Red Bull vem se consolidando como a segunda força. Daniel Ricciardo chegou na mesma posição em que largou, o 3º lugar, a frente do companheiro de equipe, Sebastian Vettel, mesmo enfrentando problemas na classificação, recuperou-se na corrida, terminando na 4ª posição.

Outros destaques na Espanha foram o finlandês Valtteri Bottas, pela Williams, e o francês Romain Grosjean, da Lotus. Ambos foram muito bem nos treinos, e conseguiram um resultado positivo na corrida. O nórdico manteve-se na frente da dupla da Ferrari, com o 5º posto, enquanto Grosjean, mesmo sendo ultrapassado por Vettel e pelos carros de Maranello, ainda terminou na 8ª posição, garantindo os primeiros pontos na classificação. Fernando Alonso e Kimi Raikkonen tiveram um desempenho regular, dada a inferioridade dos carros ferraristas. Com uma passagem a mais pelos boxes, o asturiano chegou na parte final em melhores condições, e Alonso passou Kimi na penúltima volta.

Fechando a zona de pontuação, a Force India terminou com o mexicano Sergio Perez em 9º, e o alemão Nico Hulkenberg, em 10º. Felipe Massa voltou a enfrentar dificuldades, terminando na 13ª colocação, atrás da pior equipe do ano (novamente), a McLaren. A equipe de Woking continua piorando a cada corrida, passando longe dos líderes, sem dar a mínima chance aos pilotos de conseguirem um resultado promissor.

Resultados:
Pole: Lewis Hamilton, Mercedes
Melhor Volta: Sebastian Vettel, Red Bull Renault

Corrida:
1º) Lewis Hamilton, Mercedes
2º) Nico Rosberg, Mercedes
3º) Daniel Ricciardo, Red Bull Renault
4º) Sebastian Vettel, Red Bull Renault
5º) Valtteri Bottas, Williams Mercedes
6º) Fernando Alonso, Ferrari
7º) Kimi Raikkonen, Ferrari
8º) Romain Grosjean, Lotus Renault
9º) Sergio Perez, Force India Mercedes
10º) Nico Hulkenberg, Force India Mercedes

Classificação

Mundial de Pilotos
1º) Lewis Hamilton, 100 pontos
2º) Nico Rosberg, 97 pontos
3º) Fernando Alonso, 49 pontos
4º) Sebastian Vettel, 45 pontos
5º) Daniel Ricciardo, 39 pontos
6º) Nico Hulkenberg, 37 pontos
7º) Valtteri Bottas, 34 pontos
8º) Jenson Button, 23 pontos
9º) Kevin Magnussen, 20 pontos
10º) Sergio Perez, 20 pontos
11º) Kimi Raikkonen, 17 pontos
12º) Felipe Massa, 12 pontos
13º) Jean-Eric Vergne, 4 pontos
14º) Romain Grosjean, 4 pontos
15º) Daniil Kvyat, 4 pontos

Mundial de Construtores
1º) Mercedes, 197 pontos
2º) Red Bull Renault, 84 pontos
3º) Ferrari, 66 pontos
4º) Force India Mercedes, 57 pontos
5º) Williams Mercedes, 46 pontos
6º) McLaren Mercedes, 43 pontos
7º) Toro Rosso Renault, 8 pontos
8º) Lotus Renault, 4 pontos

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Especial Ayrton Senna: Parte 3

Os anos de Toleman e Lotus

Estreando por uma equipe modesta, a Toleman, que anos mais tarde foi adquirida pela Benetton e se tornou uma das principais escuderia da década seguinte, tinha naquele momento a estrutura ideal para Ayrton Senna ingressar na Fórmula 1. Na África do Sul, o pauslitano conseguiu somar os primeiros pontos, com o 6º posto em Kyalami, mas saiu do carro desgastado e com fortes dores, passando a investir no preparo físico, ponto fraco do competidor na época. Em Mônaco, depois de partir em 13º lugar, Senna ultrapassou pilotos como Keke Rosberg e Niki Lauda, alcançando a 2ª colocação, mas a disputa foi interrompida na 31ª volta, quando o diretor de prova paralisou a corrida, garantindo a vitória de Alain Prost, que, com isso, perdeu para Lauda por apenas meio ponto no fim da temporada, já que os pilotos somaram apenas metade dos pontos. Senna ainda conseguiu mais dois pódios, terminando as etapas da Inglaterra e de Portugal na 3ª posição, terminando o campeonato em 9º, com 13 pontos.

Para 1985, Senna foi para a Lotus, no lugar de Nigel Mansell, contratado pela Williams. Nos três anos no time inglês, foram três colegas diferentes. No primeiro ano, foi o mais concorrido, ao lado do italiano Elio de Angelis. Elio perdeu o posto de líder da equipe para o brasileiro. Ambos somaram 71 pontos, 38 de Senna, 4º colocado, somados aos 33 faturados por de Angelis, 5º colocado, ficando em 4º lugar entre as equipes. Foi o ano da primeira vitória e pole de Ayrton, no chuvoso Grande Prêmio de Portugal, mas o brasileiro ficou várias etapas sem pontuar, mas na metade do campeonato conseguiu melhorar de resultados, voltando a vencer na Bélgica. Senna começou a ganhar a fama de piloto mais rápido na classificação, garantindo sete poles ao longo do campeonato. Alain Prost, pela McLaren, ganhou o primeiro título, superando o italiano Michele Alboreto, da Ferrari.

Para 1986, Elio de Angelis foi para o lugar de Nelson Piquet, que havia acertado com a Williams. O escocês Johnny Dumfries passou a dividir os boxes da Lotus com Senna. Novamente várias poles, oito ao total, e mais duas vitórias, em Jerez, ganhando de Mansell por 14 milésimos, e em Detroit, quando passou a levantar a bandeira do Brasil nas voltas de comemoração, após a eliminação pelos franceses no México, virou marca registrada de Senna ao longo das vitórias que conquistou. Foi um dos campeonato mais disputados da história, mas Senna ficou fora quando terminou sem combustível em Portugal, vendo Prost ser bicampeão ao ganhar na Austrália, enquanto a Williams levou entre as equipes, mas perdeu entre os pilotos também por conta das disputas entre Piquet e Mansell. Na Hungria, Senna e Piquet travaram um duelo histórico, onde Nelson fez uma ultrapassagem por fora e superou o rival após quase derrapar e deixar a Williams na frente da Lotus, para vencer a disputa. Para 1987, a Honda passou a ser a fornecedora da Lotus e trouxe Satoru Nakajima para correr ao lado do brasileiro, e iniciou uma parceria vitoriosa entre Senna e a montadora japonesa. Depois de ter perdido a temporada anterior, a Williams, também com os propulsores nipônicos, levou Nelson Piquet ao tricampeonato, superando o inglês Nigel Mansell por 12 pontos. Senna conseguiu apenas uma pole, em San Marino, e venceu pela primeira vez em Mônaco, voltando a ganhar nos Estados Unidos, garantindo o 3º lugar entre os pilotos. Alain Prost foi o 4º colocado, sem repetir o desempenho da ano anterior. Porém, as brigas internas na escuderia de Grove, provocou uma troca da fabricante da terra do sol nascente para a McLaren, levando Ayrton Senna para o time de Ron Dennis.

Os resultados de Ayrton Senna

1984
Equipe: Toleman Hart
Classificação: 9º lugar, com 13 pontos
Melhor resultado: 2º lugar, em Mônaco

1985
Equipe: Lotus Renault
Classificação: 4º lugar, com 38 pontos
Vitórias: 2 (Portugal e Bélgica)
Poles: 7 (Portugal, San Marino, Mônaco, Estados Unidos, Itália, Europa e Austrália)

1986
Equipe: Lotus Renault
Classificação: 4º lugar, com 55 pontos
Vitórias: 2 (Espanha e Estados Unidos)
Poles: 8 (Brasil, Espanha, San Marino, Estados Unidos, França, Hungria, Portugal e México)

1987
Equipe: Lotus Honda
Classificação: 3º lugar, com 57 pontos
Vitórias: 2 (Mônaco e Estados Unidos)
Pole: 1 (San Marino)

domingo, 4 de maio de 2014

Especial Ayrton Senna: Parte 2

As categorias de base

Logo na primeira corrida de kart, por um sorteio, pegou o número 1, garantindo o primeiro lugar na largada, posição que conquistou diversas vezes nos treinos de classificação, na Fórmula 1. Senna liderou por boa parte da corrida, mas em um toque, acabou perdendo a liderança e a chance de vencer na primeira competição que participou.

Disputou os karts até os 21 anos, quando partiu para a Fórmula Ford inglesa. Pela principal categoria de base do automobilismo mundial, Ayrton ganhou os brasileiros e sul-americano nos anos de 1977, 1978 e 1980, perdendo o caneco em 1979 por conta de uma irregularidade no escapamento, sendo desclassificado e perdendo a vitória que garantiria a conquista daquele ano.

Nas competições internacionais, conheceu o adversário que mais admirou em todas as competições que disputou, o inglês Terry Fullerton. Mesmo com diversas vitórias, o mundial de kart foi um título que faltou ao currículo de Ayrton Senna.

Em 1981, chegou a competir algumas etapas pelo mundial de kart, mas deixou a disputa para competir na Fórmula Ford 1600, vencendo 12 das 20 corridas disputadas, sagrando-se campeão na temporada de estreia.

No ano seguindo, voltou a ser campeão, faturando a Fórmula Ford 2000 europeia, ganhando 22 das 27 corridas que foram disputadas.

Competindo pela Fórmula 3 inglesa, Ayrton Senna venceu as nove primeiras corridas e teve uma disputa intensa com o inglês Martin Brundle, que voltou a encontrar o brasileiro na Fórmula 1, ganhando 13 das 21 etapas do certame. Mostrando bons resultados, Senna testou pela primeira vez um carro da Williams, do campeão de 1982, Keke Rosberg, em Donington Park, pista que deu show 10 anos mais tarde. Andou também a bordo da McLaren, e fez contatos com a Brabham, mas assinou com a Toleman, para 1984.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Especial Ayrton Senna: Parte 1

Passados 20 anos após o fatídico fim-de-semana, que tirou as vidas do austríaco Roland Ratzenberger e do brasileiro Ayrton Senna, na etapa de Imola, válida pelo Grande Prêmio de San Marino, em 1994, nenhum piloto voltou a perder a vida na Fórmula 1.

O sonho de correr pela Williams, perseguido desde 1991, quando o paulistano ainda defendia as cores da rival McLaren, pela qual Ayrton ganhou os três títulos mundiais, não saiu como o esperado. Grande campeã nas duas temporadas anteriores, com Nigel Mansell e Alain Prost, com um carro dotado de suspensão ativa e dos motores Renault, a escuderia comandada por Frank Williams conseguiu derrubar a supremacia da McLaren, que trabalhou com a Honda entre 1988 e 1992, quando os japoneses deixaram a principal categoria do automobilismo mundial, voltando apenas oito anos depois. Sem os propulsores nipônicos, Ron Dennis acertou com a Ford, e contratou o norte-americano Michael Andretti, que disputou 13 corridas em 1993, dando lugar ao finlandês Mika Hakkinen, nas três últimas etapas do campeonato. Ayrton Senna ainda conseguiu três vitórias em 1992, mais cinco no campeonato seguinte, mantendo a equipe de Woking com o 2º posto entre os construtores, após disputas com a Benetton, já liderada pelo alemão Michael Schumacher, outro forte concorrente dos carros de Grove.

Mesmo com a troca da dupla Nigel Mansell e Riccardo Patrese, de 1992, para Alain Prost e Damon Hill, para o ano seguinte, a Williams manteve o domínio no certame, mesmo com Senna e Schumacher dando trabalho ao time de Sir Frank. Com a saída de Prost, Ayrton assumiu o lugar do francês para 1994, ano em que o brasileiro partiria em busca do 4º título mundial, assim como a seleção brasileira de futebol, que não ganhava uma Copa do Mundo desde 1970.

Por outro lado, as mudanças no regulamento, que aboliram os dispositivos eletrônicos, como controle de tração e suspensão ativa, além da gasolina especial, bem desenvolvidas pela equipe Williams, tiraram a vantagem dos ingleses. O carro continuava veloz, mas não tinha boa dirigibilidade, enquanto a Benetton conseguiu desenvolver um bólido melhor equilibrado, deixando Michael Schumacher em vantagem diante de Senna.

As duas vitórias do alemão, enquanto Senna acumulou dois abandonos, deixou uma situação desfavorável, e o brasileiro necessitava vencer na corrida seguinte, na pista em que somou mais poles na carreira, oito (de 1985 a 1991, e 1994).

Um Grande Prêmio para ser esquecido. Uma forte batida envolvendo Rubens Barrichello nos primeiros treinos de classificação foi o início da preocupação. Rubinho ficou fora da disputa na sexta-feira, voltando a atuar já na corrida seguinte, em Mônaco. No sábado, Ratzenberger perdeu a vida na curva Villeneuve, deixando os competidores preocupados. No domingo, o clima de insegurança, aliado a desvantagem no campeonato, deixaram Senna bastante aflito. Logo na largada, a Benetton de Jirky Jarvi Lehto, parado no grid, foi atingido pela Lotus de Pedro Lamy, provocando a intervenção do safety-car. Na sétima volta, liderando a corrida, a Williams de Senna passou reto na Tamburello, chocando-se contra o muro, soltando o braço da suspensão e atingido a cabeça do competidor, que veio a perder a vida horas depois.

Foi-se o campeão e entrou para história um mito, um ídolo que marcou época e deixa uma legião de fãs até os dias atuais.

A série será dividida em três partes: a primeira abordará os tempos do kart, a segunda, os anos de competição na Inglaterra e o primeiro teste em um carro de Fórmula 1, a terceira, os anos de Toleman e Lotus, quando começou a se destacar no certame, e a última, a consagração e o fim do sonho, resumindo os anos de McLaren e da Williams.

domingo, 20 de abril de 2014

Lewis Hamilton vende Grande Prêmio da China

Equipe Mercedes domina novamente

O britânico garantiu a terceira vitória consecutiva na temporada, enquanto a equipe alemã segue com 100% de aproveitamento, já que Nico Rosberg faturou na Austrália e segue liderando o campeonato.

As flechas de prata fizeram mais uma dobradinha, ampliando a liderança no mundial de construtores, Rosberg teve mais trabalho que Hamilton, precisando superar a Ferrari de Fernando Alonso e a dupla da Red Bull. Com o 3º lugar do espanhol, a escuderia de Maranello assegurou o primeiro pódio neste ano. Os rubrotaurinos assumiram a vice-liderança entre as equipes, superando a Force India. Nico Hulkenberg, em mais uma atuação regular, cruzou a linha de chegada no 6º posto, pontuando nas quatro etapas realizadas até agora, e o mexicano Sergio Perez foi o 9º colocado, garantindo mais dois pontos ao time comandado por Villay Mallya. Kimi Raikkonen, em uma atuação de pouco destaque, ficou apenas com a 8ª posição.

A Williams poderia ter conquistado um melhor resultado em solo chinês, mas Felipe Massa, por causa de um toque com Alonso, teve problemas nas duas trocas de pneus que realizou, ficando apenas em 15º lugar, enquanto o companheiro de equipe, o finlandês Valtteri Bottas, chegou na 7ª posição. O russo Daniil Kvyat, da Toro Rosso, com o 10º posto, fechou a zona de pontuação.

Destaque em 2013, a Lotus vem fazendo um péssimo ano. O francês Romain Grosjean, apesar de ter andado bem nos treinos, teve que abandonar a disputa por problemas no carro, enquanto o venezuelano Pastor Maldonado, terminou em 14º lugar.

Resultados:
Pole: Lewis Hamilton, Mercedes
Melhor Volta: Nico Rosberg, Mercedes

Corrida:
1º) Lewis Hamilton, Mercedes
2º) Nico Rosberg, Mercedes
3º) Fernando Alonso, Ferrari
4º) Daniel Ricciardo, Red Bull Renault
5º) Sebastian Vettel, Red Bull Renault
6º) Nico Hulkenberg, Force India Mercedes
7º) Valtteri Bottas, Williams Mercedes
8º) Kimi Raikkonen, Ferrari
9º) Sergio Perez, Force India Mercedes
10º) Daniil Kvyat, Toro Rosso Renault

Classificação

Mundial de Pilotos
1º) Nico Rosberg, 79 pontos
2º) Lewis Hamilton, 75 pontos
3º) Fernando Alonso, 41 pontos
4º) Nico Hulkenberg, 36 pontos
5º) Sebastian Vettel, 33 pontos
6º) Daniel Ricciardo, 24 pontos
7º) Valtteri Bottas, 24 pontos
8º) Jenson Button, 23 pontos
9º) Kevin Magnussen, 20 pontos
10º) Sergio Perez, 18 pontos
11º) Felipe Massa, 12 pontos
12º) Kimi Raikkonen, 11 pontos
13º) Jean-Eric Vergne, 4 pontos
14º) Daniil Kvyat, 4 pontos

Mundial de Construtores
1º) Mercedes, 154 pontos
2º) Red Bull Renault, 57 pontos
3º) Force India Mercedes, 54 pontos
4º) Ferrari, 52 pontos
5º) McLaren Mercedes, 43 pontos
6º) Williams Mercedes, 36 pontos
7º) Toro Rosso Renault, 8 pontos

domingo, 6 de abril de 2014

Lewis Hamilton vence no Bahrein

Inglês segura pressão do companheiro de equipe nas voltas finais e garante nova vitória

Dividindo a primeira fila do grid com o colega de Mercedes Nico Rosberg, Hamilton assumiu a liderança na primeira curva, mantendo os dois carros alemães na dianteira até a bandeirada final, e, mesmo com compostos duros, a disputa foi intensa. mas o britânico se manteve na frente.

Nas outras colocações também tiveram vários duelos, com destaques para Force India, que assumiu a vice-liderança no mundial de construtores, Red Bull e Williams, que ficaram com as posições atrás dos carros da Mercedes. Sergio Perez, que andou bem durante todo o fim-de-semana, completou o pódio, enquanto o companheiro de time, Nico Hulkenberg, perdeu o 4º lugar para o australiano Daniel Ricciardo nas voltas finais, mas conseguiu permanecer a frente de Sebastian Vettel, que cruzou no 6º posto. Os carros de Grove também estiveram competitivos, e Massa voltou a ficar a frente do finlandês Valtteri Bottas. As grandes decepções foram McLaren e Ferrari. A equipe de Woking sequer terminou a disputa, além de ver Jenson Button perdendo posições para outros adversários, e Magnussen desistiu com problemas pouco antes da única passagem do safety car. A escuderia de Maranello, com problemas de rendimento, ainda colocou Fernando Alonso, 9º colocado, e Kimi Raikkonen, 10º lugar, fechando a zona de pontuação. O nórdico foi superado diversas vezes pelos adversários

A única passagem do safety car ocorreu entre as voltas 41 e 46, após o venezuelano Pastor Maldonado, da Lotus, perder o ponto de freada, após sair dos boxes, e tocar na Sauber do mexicano Esteban Gutierrez, que capotou após o incidente.

Resultados:
Pole: Nico Rosberg, Mercedes
Melhor Volta: Lewis Hamilton, Mercedes

Corrida:
1º) Lewis Hamilton, Mercedes
2º) Nico Rosberg, Mercedes
3º) Sergio Perez, Force India Mercedes
4º) Daniel Ricciardo, Red Bull Renault
5º) Nico Hulkenberg, Force India Mercedes
6º) Sebastian Vettel, Red Bull Renault
7º) Felipe Massa, Williams Mercedes
8º) Valtteri Bottas, Williams Mercedes
9º) Fernando Alonso, Ferrari
10º) Kimi Raikkonen, Ferrari

Classificação

Mundial de Pilotos
1º) Nico Rosberg, 61 pontos
2º) Lewis Hamilton, 50 pontos
3º) Nico Hulkenberg, 28 pontos
4º) Fernando Alonso, 26 pontos
5º) Jenson Button, 23 pontos
6º) Sebastian Vettel, 23 pontos
7º) Kevin Magnussen, 20 pontos
8º) Valtteri Bottas, 18 pontos
9º) Sergio Perez, 16 pontos
10º) Daniel Ricciardo, 12 pontos
11º) Felipe Massa, 12 pontos
13º) Kimi Raikkonen, 6 pontos
14º) Jean-Eric Vergne, 4 pontos
15º) Daniil Kvyat, 3 pontos

Mundial de Construtores
1º) Mercedes, 111 pontos
2º) Force India Mercedes, 44 pontos
3º) McLaren Mercedes, 43 pontos
4º) Red Bull Renault, 35 pontos
5º) Ferrari, 33 pontos
6º) Williams Mercedes, 30 pontos
7º) Toro Rosso Renault, 7 pontos

domingo, 30 de março de 2014

Lewis Hamilton vence na Malásia

Britânico ganha a primeira na temporada e garante dobradinha da Mercedes

Em corrida dominada pelos carros prateados, Hamilton conseguiu a primeira vitória neste ano e em solo malaio, com o companheiro de equipe, o alemão Nico Rosberg, fechando em 2º lugar, a frente da Red Bull de Sebastian Vettel. A atual campeã somou os primeiros pontos em 2014, embora o australiano Daniel Ricciardo enfrentou uma série de problemas após a segunda troca de pneus, quando disputava a 4ª posição com o espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, caindo para as últimas colocações, passando por uma punição de 10 segundos e desistindo a três voltas do fim.

O asturiano teve trabalho para levar seu Ferrari ao 4º posto, mas conseguiu superar a Force India do tedesco Nico Hulkenberg nas voltas finais, que fez uma troca a menos. Hulkenberg voltou a pontuar. Kimi Raikkonen teve uma corrida, difícil, após um toque com a McLaren de Kevin Magnussen no segundo giro, caindo para o último lugar, e demorando bastante para recuperar o tempo perdido, terminando a disputa na 12ª colocação, logo atrás do ex-companheiro de Lotus, Romain Grosjean. Para a equipe de Woking, o fim-de-semana também não foi dos melhores, mas Jenson Button ainda cruzou a linha de chegada na 6ª posição, segurando a pressão das Williams de Felipe Massa, o 7º, e do finlandês Valtteri Bottas, o 8º. O dinamarquês Magnussen somou dois pontos, enquanto o russo Daniil Kvyat terminou em 10º, garantindo mais um para ele e a Toro Rosso.

Com o domínio da Mercedes, a corrida não contou com muitas disputas, mesmo tendo Raikkonen caído para o fim do grid. O piloto nórdico ainda fez algumas ultrapassagens, mas não conseguiu chegar na zona de pontuação. A Red Bull consegue se recuperar do mau resultado na Austrália, após a desclassificação de Ricciardo, em casa. Sebastian Vettel completou o pódio, e os rubrotaurinos começam a despontar como segunda força neste início de ano, andando melhor que McLaren, Ferrari, Williams e Force India. A equipe comandada por Ron Dennis, pouco fez em terras malaias, assim como a escuderia de Maranello, com os dois pilotos passando dificuldades. Nico Hulkenberg voltou a se destacar, levando novamente o time indiano aos pontos, e a Williams vem mostrando um desempenho razoável, embora abaixo do apresentado na pré-temporada.

Resultados:
Pole: Lewis Hamilton, Mercedes
Melhor Volta: Lewis Hamilton, Mercedes

Corrida:
1º) Lewis Hamilton, Mercedes
2º) Nico Rosberg, Mercedes
3º) Sebastian Vettel, Red Bull Renault
4º) Fernando Alonso, Ferrari
5º) Nico Hulkenberg, Force India Mercedes
6º) Jenson Button, McLaren Mercedes
7º) Felipe Massa, Williams Mercedes
8º) Valtteri Bottas, Williams Mercedes
9º) Kevin Magnussen, McLaren Mercedes
10º) Daniil Kvyat, Toro Rosso Renault

Classificação

Mundial de Pilotos
1º) Nico Rosberg, 43 pontos
2º) Lewis Hamilton, 25 pontos
3º) Fernando Alonso, 24 pontos
4º) Jenson Button, 23 pontos
5º) Kevin Magnussen, 20 pontos
6º) Nico Hulkenberg, 18 pontos
7º) Sebastian Vettel, 15 pontos
8º) Valtteri Bottas, 14 pontos
9º) Kimi Raikkonen, 6 pontos
10º) Felipe Massa, 6 pontos
11º) Jean-Eric Vergne, 4 pontos
12º) Daniil Kvyat, 3 pontos
13º) Sergio Perez, 1 ponto

Mundial de Construtores
1º) Mercedes, 68 pontos
2º) McLaren Mercedes, 43 pontos
3º) Ferrari, 30 pontos
4º) Williams Mercedes, 20 pontos
5º) Force India Mercedes, 19 pontos
6º) Red Bull Renault, 15 pontos
7º) Toro Rosso Renault, 7 pontos

domingo, 16 de março de 2014

Nico Rosberg vence na Austrália

Equipe alemã larga na frente em solo australiano

Com Lewis Hamilton largando na frente, o competidor alemão assumiu a dianteira ainda na primeira curva, enquanto o campeão de 2008 ficou apenas quatro voltas na pista, tirando uma provável dobradinha dos carros da Mercedes.

O piloto da casa, Daniel Ricciardo andou em 2º lugar durante toda a disputa, segurando a pressão do dinamarquês Kevin Magnussen, que estrou pela McLaren, assim como o pai Jan Magnussen, e garantiu um lugar no pódio na estreia, repetindo o feito de Jaques Villeneuve, em 1996, e de Lewis Hamilton, em 2007. O time inglês teve um final de semana muito melhor que na temporada passada, quando sequer tinha um equipamento decente. Jenson Button, com a punição de Ricciardo, desclassificado por problemas com o fluxo de combustível, os corredores da equipe de Woking ficaram com os outros dois lugares no pódio, garantindo a liderança entre as escuderias. Atual campeão, Sebastian Vettel também teve um resultado negativo na etapa de abertura, abandonando na quinta volta com problemas no novo motor Renault Turbo.

Os dois pilotos da Ferrari também enfrentaram dificuldades, embora tenham pontuado. O espanhol Fernando Alonso terminou na 4ª posição, enquanto Kimi Raikkonen, reestreando pela escuderia de Maranello, superou o francês Jean-Eric Vergne nas voltas finais, subindo para a 7ª colocação. Toro Rosso e Force India também pontuaram com os dois carros, destaque novamente para o tedesco Nico Hulkenberg, que cruzou a linha de chegada no 6º posto. O mexicano Sergio Perez fechou a zona de pontuação, atrás da dupla de Faenza. Assim como Magnussen, o russo Daniil Kvyat também pontuou na primeira corrida pela Fórmula 1.

Após uma temporada muito apagada em 2013, a Williams passou a contar com os motores Mercedes e passou por uma reestruturação técnica e administrativa, dando novo gás a equipe de Grove. Enquanto Felipe Massa abandonou ainda na largada, após ser abalroado pelo japonês Kamui Kobayashi, o finlandês Valtteri Bottas se recuperou de um toque no muro, quando tentava superar Alonso, caindo para o meio do pelotão, para subir até o 5º lugar, mostrando o progresso dos carros de Sir Frank Williams.

Destaques em 2013, a Lotus foi o pior time do fim-de-semana. Em caminho inverso da Williams, o time de Enstone atravessa uma grande crise financeira, perdendo funcionários importantes da campanha do ano passado, e teve que contar com o apoio da petrolífera venezuelana PDVSA, e trazendo Pastor Maldonado, para correr ao lado de Romain Grosjean. Com poucos testes e quilometragem na pré-temporada, teve uma corrida para esquecer em Melbourne. Ambos não completaram a disputa.

Resultados:
Pole: Lewis Hamilton, Mercedes
Melhor Volta: Nico Rosberg, Mercedes

Corrida:
1º) Nico Rosberg, Mercedes
2º) Kevin Magnussen, McLaren Mercedes
3º) Jenson Button, McLaren Mercedes
4º) Fernando Alonso, Ferrari
5º) Valtteri Bottas, Williams Mercedes
6º) Nico Hulkenberg, Force India Mercedes
7º) Kimi Raikkonen, Ferrari
8º) Jean-Eric Vergne, Toro Rosso Renault
9º) Daniil Kvyat, Toro Rosso Renault
10º) Sergio Perez, Force India Mercedes

Classificação

Mundial de Pilotos
1º) Nico Rosberg, 25 pontos
2º) Kevin Magnussen, 18 pontos
3º) Jenson Button, 15 pontos
4º) Fernando Alonso, 12 pontos
5º) Valtteri Bottas, 10 pontos
6º) Nico Hulkenberg, 8 pontos
7º) Kimi Raikkonen, 6 pontos
8º) Jean-Eric Vergne, 4 pontos
9º) Daniil Kvyat, 2 pontos
10º) Sergio Perez, 1 ponto

Mundial de Construtores
1º) McLaren Mercedes, 33 pontos
2º) Mercedes, 25 pontos
3º) Ferrari, 18 pontos
4º) Williams Mercedes, 10 pontos
5º) Force India Mercedes, 9 pontos
6º) Toro Rosso Renault, 6 pontos

domingo, 12 de janeiro de 2014

Mudanças na Fórmula 1

A temporada de 2014, na Fórmula 1, será o marco para algumas mudanças, como o retorno dos motores turbo, ausentes desde o final de 1988, numeração fixa para os pilotos e pontuação dobrada na última corrida, o que poderá trazer alterações significativas na classificação final do campeonato.

Assim como em outras categorias, como no motociclismo, os pilotos escolherão um número fixo, entre 2 e 99, a ser utilizado até encerrar a carreira no certame. O campeão mundial ainda terá a opção de estampar o número um, mudando um sistema que vigorou em duas etapas, de 1974 a 1995, quando as equipes possuíam uma sequência numérica, alterada em 1996, quando passou a valer a classificação do mundial de construtores, com o campeão mundial levando o número 1 para a escuderia que estivesse defendendo.

Depois de 25 anos fora de cena, os motores turbinados retornarão a principal categoria do automobilismo mundial. Em 2014, Mercedes, Renault e Ferrari distribuirão os propulsores às 11 equipes inscritas no campeonato. A marca alemã trabalhará com a própria equipe de fábrica, além de McLaren, Williams e Force India. Os franceses permaneceram com Red Bull, Lotus e Caterham, deixando a equipe de Grove e passando a empurrar também os carros da Toro Rosso, e os ferraristas, além do cavalinho rampante, permaneceram com a Sauber e em 2014, passarão a distribuir motores a Marussia. Ausente neste ano, a Honda voltará na temporada de 2015, depois de sete anos ausente, quando retomará a parceria com a escuderia de Woking, que rendeu os três títulos com Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991) e o tricampeonato de Alain Prost em 1989. A marca japonesa dará preferência ao time inglês, estudando a hipótese de trabalhar também com mais uma ou duas equipes do grid.

A decisão mais polêmica tem sido a pontuação na última corrida, que mesmo adotada, poderá ser revista. Como forma de manter a disputa pelos títulos de pilotos e construtores mais atrativa, os dirigentes da categoria adotaram a pontuação dobrada na última corrida do mundial, previsto para Abu Dhabi. A ideia dividiu opiniões. Enquanto Sebastian Vettel se mostrou contrário, Sergio Perez considerou interessante e atrativa a questão, por aumentar as possibilidades de mudança na tabela de classificação.