segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Entrevista com Sérgio Luiz Ferreira

Historiador, filósofo e professor universitário fala sobre o contexto histórico e cultural da Festa do Divino Espírito Santo

Data da entrevista: 8/9/2018
Evento: Festa do Divino Espírito Santo 2018, em Santo Antônio de Lisboa

Sérgio Luiz Ferreira
Foto: Diego Wendhausen Passos


Como e em qual contexto histórico surgiu a Festa do Divino Espírito Santo?

O Divino Espírito Santo surgiu na Idade Média, no contexto do surgimento das ordens franciscanas, que entre havia o Frei Joaquim de Fiore, classificando a humanidade se dividia em três idades. A idade do pai, que é o Antigo Testamento, a autoridade, a idade do filho, que é o Novo Testamento, tem Jesus e seus discípulos, que convida os seres humanos para serem seus apóstolos, e haveria a idade do Espírito Santo, que é a idade em que não haveria mais hierarquia, que todo mundo seria igual. Então, surge com esse princípio, de que todos são iguais perante a Deus.

Quais são as principais contribuições históricas, culturais e religiosas que o evento traz ao longo dos séculos?

Em cada lugar, a Festa do Espírito Santo vai adquirindo características diferentes. Nos Açores é bem diferente do que se faz aqui. Em Santo Antônio de Lisboa, já há alguns anos, aliamos a essa festa, que é religiosa, com a cultura também. Nós temos uma semana cultural intensa, de valorização dessa religiosidade açoriana com a cultura da ilha.

Na sua visão, que tipo de influência a festividade deixa para as comunidades onde são realizadas?

Em cada comunidade ela se caracteriza de um jeito. Em Santo Antônio, ela é o momento para as pessoas que não moram na localidade, retornarem. É o dia do encontro, é a maior celebração anual da nossa comunidade.

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