terça-feira, 18 de setembro de 2018

Entrevista com Antônio Carlos Cunha

Entrevista com Antônio Carlos da Cunha, o Carlinhos

Professor de Artes e coordenador do Boi de Mamão do Sambaqui, Carlinhos fala sobre a formação do grupo e a importância artística e cultural para a comunidade.

Data da entrevista: 7/9/2018
Evento: Festa do Divino Espírito Santo 2018, em Santo Antônio de Lisboa

Carlinhos
Foto: Diego Wendhausen Passos


Como e quando surgiu a ideia de formar o grupo Boi de Mamão do Sambaqui?

O grupo Boi de Mamão do Sambaqui, ele foi formado em 1983, por um grupo que se chamava Defesa da Ponta do Sambaqui. Era formado alguns moradores da comunidade, jovens na época, e como a gente tinha um problema sério com um empreendimento que queria ser instalado na localidade, um Iate Clube, estávamos formando um movimento que surgiu também com a proposta de mobilizar o bairro para outras reivindicações, assim como o Casarão, que era da antiga alfândega, depois passou para a Receita Federal. E naquele período, em 1984, passando um ano depois, a gente conseguiu o Casarão para a comunidade. Atualmente é a nossa sede cultural. O Boi de Mamão fez parte disso tudo. Sempre esteve ativo nas necessidades da região.

Em quais são os tipos de eventos e festas o Boi de Mamão do Sambaqui costuma participar?

Participamos de vários eventos, quando somos convidados, mas também dançamos muito em comunidades, em festas juninas, às vezes em eventos também, no Centro da cidade, em festas culturais, como em São José, na Feira de São José, que acontece a cada 15 dias. Em vários lugares, inclusive para São Paulo também, encontro de folclore. O Boi de Mamão não tem uma época específica para ser apresentado. Basta solicitar que realizamos apresentação, porque esse é um trabalho realizado a nível de manter a identidade da nossa comunidade. A gente preserva e estamos sempre ativos.

Na sua visão, qual a importância cultural e artística do grupo para com a comunidade?

A importância disso é grande. É algo fundamental para a comunidade, por que na medida que você tem as suas raízes culturais, dentro da localidade, você não perde a identidade. Vai ter sempre aquele lugar como referência, como nós temos atualmente. O folclore é muito acentuado na nossa região, pois temos umas das comunidades que tem um grupo folclórico que trabalha com várias danças, como a dança do boi de mamão, a dança do pau-de-fita, a dança da ratoeira, a dança do balaio, a dança da peneira, então, acho que hoje na ilha é um dos focos centrais, é a nossa comunidade.

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