Sebastian Vettel torna-se o mais jovem campeão

As mudanças de 2009 para 2010 no circo da Fórmula 1 deram novas configurações no cenário da categoria. A saída de BMW e Toyota e a volta da Mercedes como equipe própria, adquirindo a Brawn, que competiu com os espólios da Honda. Jenson Button, campeão na temporada anterior, transferiu-se para a McLaren, ao lado de Lewis Hamilton. Robert Kubica foi para a Renault, no lugar de Fernando Alonso, egresso para a Ferrari, substituindo o finlandês Kimi Raikkonen, que foi competir nos ralis. Outro piloto de ponta que ficou sem lugar, foi o alemão Nick Heidfeld, que voltou pela Sauber nas corridas finais, na vaga do espanhol Pedro de la Rosa. Além disso, Michael Schumacher, depois de três anos fora do certame, voltava pela Mercedes, correndo ao lado do conterrâneo Nico Rosberg. Rubens Barrichello foi para a Williams. Das principais equipes, apenas a Red Bull manteve a mesma dupla de 2009.

Para 2010, a Sauber voltava, no lugar da BMW. Hispania e Virgin estreavam na categoria, e a Lotus, administrada pelo malaio Tony Fernandes, com o nome da legendária marca fundada pelo britânico Colin Chapman. No fim do ano, muitas disputas judiciais marcaram o controle pelo nome da companhia.

Fernando Alonso, assim como o antecessor Kimi Raikkonen, venceu logo na corrida de estreia pela escuderia de Maranello. Enquanto nos treinos de classificação, os carros da Red Bull voavam, fazendo poles, as corridas eram mais equilibradas. Na Austrália e na China, as mudanças climáticas beneficiaram Jenson Button, que saiu do oriente com duas vitórias e a liderança na classificação.

Na temporada europeia, Mark Webber ganhou duas e saiu do bloco intermediário para o topo da tabela, ganhando em Barcelona e Monte Carlo. Na Turquia, tivemos a primeira polêmica interna. Os carros rubrotaurinos lideravam seguidos de perto pela McLaren, quando Vettel colidiu com o próprio companheiro, ficando fora da corrida, enquanto os ingleses souberam manter o ímpeto nas pistas. Lewis Hamilton levou a melhor e subiu ao degrau mais alto do pódio também no Canadá, conseguindo chegar a liderança, que perdeu na Hungria. Na Inglaterra, nova polêmica envolvendo a dupla do time austríaco. Webber venceu a disputa, e disse que o desempenho era “nada mal para um 2º piloto”, reclamando que o colega estava sendo favorecido pelo time das bebidas energéticas.

A segunda polêmica foi na Alemanha, quando Felipe Massa cedeu a 1ª colocação ao companheiro Fernando Alonso, uma volta após a famosa frase “Fernando is faster than you”, decepcionando inúmeros torcedores pelo mundo e fazendo os brasileiros relembrarem os episódios de 2001 e 2002, quando Rubens Barrichello, em ambas as ocasiões, na Áustria, tirou o pé para Schumacher na última curva.

Na segunda metade do campeonato, Alonso conseguiu se recuperar e ameaçar a superioridade da Red Bull, e, com três vitórias em quatro corridas, na Itália e em Cingapura, além da Coreia do Sul, passou a liderar a disputa. Lewis Hamilton perdeu pontos preciosos nessas etapas. Em Monza, quebrou a suspensão ao tocar com Felipe Massa na volta inicial, enquanto em Cingapura, colidiu com Webber quando tentava tomar o 3º lugar do australiano, ficando fora da corrida e comprometendo as chances de chegar ao título.

Sebastian Vettel, com poucas chances de levar o título e superar a marca de Lewis Hamilton como o mais jovem campeão. O competidor alemão venceu no Brasil, passando a depender da vitória na corrida final, combinada a um 5º lugar de Alonso. Nos treinos, conseguiu pela 10ª vez na temporada o melhor tempo na classificação. A sorte do tedesco começou a ser selada na primeira volta, quando Michael Schumacher rodou ao tentar uma ultrapassagem sobre Rubens Barrichello, sendo atropelado pela Force India de Vitantonio Liuzzi. Nico Rosberg e Vitaly Petrov foram trocar pneus, podendo completar a disputa sem voltas aos boxes. A Ferrari chamou os pilotos cedo, prejudicando o resultado de ambos, além de Mark Webber, que também viu as chances do título indo embora. Vettel, Kubica e a dupla da McLaren ficaram mais tempo na pista, ganhando terreno para os carros mais lentos, enquanto Alonso não conseguiu superar Petrov. O último a parar foi Kubica, voltando na 5ª colocação, a frente do colega de equipe. Sebastian Vettel, com a vitória e o 7º lugar do espanhol, subiu ao pódio ao lado de Hamilton e Button, levando o título e se tornando o mais jovem campeão na Fórmula 1, enquando Alonso, revoltado com Petrov, chegou a fazer gestos obscenos ao competidor russo.

Classificação Final

Pilotos

1º) Sebastian Vettel, 256 Pontos
2º) Fernando Alonso, 252 Pontos
3º) Mark Webber, 242 Pontos
4º) Lewis Hamilton, 240 Pontos
5º) Jenson Button, 214 Pontos
6º) Felipe Massa, 144 Pontos
7º) Nico Rosberg, 142 Pontos
8º) Robert Kubica, 136 Pontos
9º) Michael Schumacher, 72 Pontos
10º) Rubens Barrichello, 47 Pontos

Equipes

1º) Red Bull Renault, 498 Pontos
2º) McLaren Mercedes, 454 Pontos
3º) Ferrari, 396 Pontos
4º) Mercedes, 214 Pontos
5º) Renault, 163 Pontos
6º) Williams Cosworth, 69 Pontos

Vitórias

Pilotos

Sebastian Vettel, 5 Vitórias (Malásia, Europa, Japão, Brasil e Abu Dhabi)
Fernando Alonso, 5 Vitórias (Bahrein, Alemanha, Itália, Cingapura e Coreia do Sul)
Mark Webber, 4 Vitórias (Espanha, Mônaco, Inglaterra e Hungria)
Lewis Hamilton, 3 Vitórias (Turquia, Canadá e Bélgica)
Jenson Button, 2 Vitórias (Austrália e China)

Equipes

Red Bull Renault, 9 Vitórias (Sebastian Vettel 5, Mark Webber 4)
Ferrari, 5 Vitórias (Fernando Alonso 5)
McLaren Mercedes, 5 Vitórias (Lewis Hamilton 3, Jenson Button 2)

Poles

Pilotos

Sebastian Vettel, 10 Poles (Bahrein, Austrália, China, Europa, Inglaterra, Alemanha, Hungria, Japão, Coreia do Sul e Abu Dhabi)
Mark Webber, 5 Poles (Malásia, Espanha, Mônaco, Turquia e Bélgica)
Fernando Alonso, 2 Poles (Itália e Cingapura)
Lewis Hamilton, 1 Pole (Canadá)
Nico Hulkemberg, 1 Pole (Brasil)

Equipes

Red Bull Renault, 15 Poles (Sebastian Vettel 10, Mark Webber 5)
Ferrari, 2 Poles (Fernando Alonso 2)
McLaren Mercedes, 1 Pole (Lewis Hamilton 1)
Williams Cosworth, 1 Pole (Nico Hulkemberg 1)