segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Novembrada: 30 anos depois

Foto: Diego Wendhausen Passos
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

A revolta popular que mexeu com Florianópolis


Passados 30 anos da Novembrada, movimento que contribuiu para o fim do regime militar em 1985, quando o país voltou a ser administrado pelos civis e a sociedade brasileira obteve os direitos democráticos com a constituição de 1988 com a volta das eleições diretas para presidente em 1989.

Implantado em 1964, o período ditatorial foi marcado pela perda dos direitos de liberdade de expressão e de imprensa. O Presidente da República era escolhido através de votos de deputados federais e senadores. Milhares de pessoas foram mortas por defenderem uma sociedade justa e democrática, diante da Lei de Segurança Nacional. A partir de 1973, com a crise do petróleo, o “Milagre Econômico” caiu
por terra.

João Baptista Figueiredo assumiu a presidência em 1979, ano em que também marcou a Anistia a muitos presos políticos e o pluripartidarismo, possibilitando a criação de novas agremiações partidárias. Mas, as condições econômicas e sociais eram desfavoráveis para grande parte da população. No mês de novembro, foi agendada a visita de Figueiredo a Florianópolis, para divulgar a construção da Sidersul (Siderúrgica do Sul), em Imbituba e prestar uma homenagem ao Marechal Floriano Peixoto pelos 90 anos da república, contrariando diversas pessoas e escritores da capital, já que o militar foi o responsável pelo massacre do Anhatomirim em 1894, durante a Revolução Federalista. Durante a semana da visita, o reajuste no preço dos combustíveis aumentou a insatisfação popular contra o governo, tornando mais tenso o ambiente.

No dia 30, sexta-feira, a expectativa era grande, pela primeira vez um re
presentante da nação visitara Florianópolis. Um carro oficial conduziu Figueiredo do Aeroporto até o Palácio Rosado, no centro da cidade. Durante o trajeto mulheres batiam panelas pedindo comida. Nas solenidades, algumas crianças cantavam “Figueiredo, Figueiredo”. Jorge Bornhausen, então governador de Santa Catarina, iniciou os discursos e logo foi vaiado pelos funcionários públicos. Rosângela de Souza conta que Bornhausen foi chamado de mentiroso pelos estatutários, dando início ao tumulto. O esforço dos palacianos foi em vão, as palavras de ordem aumentavam sob “chega de sofrer, o povo quer comer”, irritando Figueiredo. Ao aparecer na sacada, fez um sinal com o dedo polegar e o indicador, depois classificou os revoltosos como “um pingo de gente”. Como a maioria interpretou seu gesto como obsceno, começaram a ofendê-lo.

Ao escutar sua mãe sendo insultada, Figueiredo, extremamente exaltado, foi tirar satisfações com os manifestantes, causando uma confusão generalizada. Marize Lippel conta que Figueiredo agiu de maneira irresponsável, querendo revolver a situação no tapa. Durante o café no Senadinho, ou Ponto Chic, mais discussões com manifestantes e troca de socos entre policiais, membros do governo e as pe
ssoas na Felipe Schmidt, quando foi empurrado no carro oficial para não ser linchado durante a confusão, sendo conduzido ao churrasco oferecido pelo governo catarinense em Barreiros, Distrito de São José.

Sete estudantes, vinculados ao DCE da UFSC, foram presos
e enquadrados na Lei de Segurança Nacional. No dia 02 de dezembro de 1979: Marize Lippel, Rosângela de Souza, Geraldo Barbosa, Amilton Alexandre (Mosquito) e Newton Vasconcellos. Já Adolfo Luiz Dias e Lígia Giovanella, respectivamente presidente e vice do Grêmio Estudantil, fugiram para o interior do estado, com medo de serem torturados, entregando-se dia 5 seguinte. Marize recorda que eles foram apontados e eram visados pelo poder público, por liderarem seus respectivos grêmios estudantis. Durante mais de um ano, responderam ao processo na 5ª Região Militar, em Curitiba, sendo absolvidos em fevereiro de 1981, por falta de provas.

Após o episódio, cada um seguiu um caminho. Adolfo Dias falec
eu em 29 de janeiro de 1999, vítima de tumor. Lígia Giovanella atualmente trabalha na Fundação Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Rosângela de Souza é advogada em Florianópolis, ligada as causas trabalhistas e sociais. Marize Lippel trabalhou mais de 20 anos no Samae, em Blumenau, e atualmente trabalha na Diretoria de Vigilância Sanitária, na capital. Newton Vasconcellos é médico na capital catarinense. Geraldo Barbosa é sociólogo e professor universitário. Amilton Alexandre, o Mosquito, depois de administrar o Bar Havana, uma loja de informática e pestar serviços pela Eletrosul, é titular do Blog Tijoladas.

Homenagem a Floriano Peixoto e falta de diplomacia do governo provocaram o tumulto

O historiador Nelson Maurílio Coelho Junior destacou a crise econômica e social que o mundo enfrentava, diante das altas quantias em empréstimos contraídas pelos militares em busca de obras públicas, aumentando a dívida externa brasileira. No contexto internacional, a crise do petróleo, causada pelos conflitos entre os países árabes e israelenses, em 1974 e 1979. Em protesto, os estados árabes, líderes da Opep, aumentaram o preço do combustível buscando uma solução para a disputa, inviabilizando a venda do produto.

Local onde ficaria a placa em homenagem a Floriano Peixoto
Foto: Diego Wendhausen Passos

Nelson frisou que as denúncias de corrupção começaram a ganhar força e tornar a situação política ainda pior. Havia indiferença contra a população, que não participava das discussões e não tinha liberdade de manifestar-se contra os representantes políticos. “A população não tinha participação, não havia transparência, não tinha informação de nada do que acontecia, tudo era proibido, nada era permitido”, completou o historiador.

Outro fato que influenciou a crise foi a placa em homenagem ao general Floriano Peixoto, responsável pelo massacre do Anhatomirim, em 1984, levando centenas de catarinense à morte, no episódio conhecido como Revolução Federalista. A capital mudou o nome de Desterro para Florianópolis, contrariando muitas pessoas até a atualidade. “Foi uma homenagem que o Jorge Bornhausen e o prefeito da época fizeram para o presidente da época e a população não gostou nada dessa homenagem”, falou Nelson.


Marize Lippel recorda que a manifestação decorreu de forma pacífica, declarando o repúdio à situação que o país vivia diante das dificuldades sociais, inflação galopante. De acordo com Marize, o presidente e o governador não souberam contornar o problema. “A postura deles foi a pior possível, de pessoas que não tem a menor disciplina”, completou.

Leia mais

Clic RBS:

Especial Novembrada

O dia em que Santa Catarina desafiou o poder

Entrevista com Lígia Giovanella e Marize Lippel

Placa de homenagem a Floriano Peixoto (Depoimento de Nilo Marques)

Relato de Moacir Pereira

Entrevista com Nelson Wedekin


Conversa com Moacir Loth (jornalista agredido pela polícia)

O trabalho na televisão: Walter Souza

O senadinho e o general: Edy Tremel

Cotidiano - Curso de Jornalismo da UFSC

Novembrada

Ricardinho Machado (Guia Floripa)

domingo, 29 de novembro de 2009

Novembrada: 30 anos depois

Cronograma com a publicação dos trabalhos produzidos pelo blogueiro sobre a Novembrada

Novembrada: 30 anos depois

30/11/2009: Texto Novembrada 30 anos depois
Um resumo sobre os acontecimentos no dia 30/11/1979

01/12/2009: Censura x Liberdade de expressão
Os debates em torno das liberdades democráticas

02/12/2009: Entrevista com Marize Lippel
Marize conta sobre como era a realidade florianopolitana, os acontecimentos e as questões em torno da democracia atual

03/12/2009: Entrevista com Rosângela de Souza
Lelê analisa os acontecimentos e analisa as questões sociais e democráticas no Brasil

04/12/2009: Entrevista com Geraldo Barbosa
Geraldo destaca das mudanças sociais e políticas que o país necessitava e quais ainda precisam

05/12/2009: Entrevista com Lígia Giovanella
Lígia lembra do trabalho como vice-líder estudantil e analisa a questão da censura há 30 anos e na atualidade

06/12/2009: Entrevistas com Nelson Maurílio Coelho Junior e Marco Antônio Mattos
Nelson relata sobre o tema, e Marco Antônio, da experiência como integrante do exército na época

07/12/2009: Entrevistas com Moacir Pereira e César Valente
Um relato da visão dos jornalistas Moacir Pereira e César Valente sobre a Novembrada

08/12/2009: Entrevistas com Sérgio Rubim e Jurandir Camargo
Ambos falam da cobertura que fizeram pelo Jornal O Estado, veículo que trabalhavam

09/12/2009: Entrevista com Walter Souza
Walter Souza fala da cobertura que fez pela RBS TV, onde atuava como repórter

10/12/2009: Entrevista com Valter Severino
Valter lembra o trabalho que realizou pela equipe segurança do governo

11/12/2009: Entrevista com Celso Martins
Celso faz uma análise do período de repressão, Operação Barriga-Verde e Novembrada, comparando aquele período com a atualidade

12/12/2009: Entrevista com Ana Carla Pimenta
A jornalista fala do Trabalho de Conclusão de Curso sobre o tema e do interesse em transformar o projeto em documentário

13/12/2009: Perfil de Amilton Alexandre
Um olhar sobre o Mosquito, envolvido na Novembrada e atual titular do Blog Tijoladas

sábado, 28 de novembro de 2009

NOVEMBRADA: SUBLEVAÇÃO POPULAR PÕE A DITADURA EM XEQUE

Fonte: Sérgio Rubim (Canga)




Por Olsen Jr.

Começou em 1968, na França. Os operários em greve tiveram a adesão dos estudantes universitários. Cada movimento com reivindicações próprias, mas unidos.

Depois se alastrou pelo mundo. A motivação poderia ser diferente, mas havia sempre um gancho. Nos EUA foi o Vietnã, no Brasil, a morte do estudante Edson Luís no Restaurante “Calabouço” que causou comoção nacional e desembocou na Passeata dos Cem Mil, a maior manifestação civil contra a ditadura vista até então.

Na Inglaterra, Alemanha, Japão, Itália, Tchecoslováquia, Polônia, os levantes estudantis que se espalharam pelo planeta fizeram de 1968 um ano que entrou para a história como símbolo de insatisfação e também de utopia.

Tanto nos países comunistas quanto nos capitalistas, o grande fantasma que assombrava o status quo era a “fusão das lutas” de estudantes e trabalhadores, como ressaltou Remi Kauffer do Instituto de Estudos Políticos de Paris.

No Brasil a saturação foi dando-se aos poucos, nos dez anos que antecederam a visita do então presidente João Batista Figueiredo a Florianópolis no episódio conhecido como “Novembrada”. Teve a morte do operário Manoel Fiel Filho, sob tortura, somadas com a do jornalista Vladimir Herzog, igualmente, e que punham sob suspeita os métodos de manutenção da ordem pública alegados pelo governo.

Houve a exoneração do ministro do exército, Sylvio Frota que foi desautorizado com o ato a antecipar o procedimento sucessório ao presidente da república, na época o General Ernesto Geisel. O fato acabou tornando público a chamada “linha dura” dentro das Forças Armadas. Um grupo que era refratário ao processo de “Abertura política” que contava com amplo apoio da sociedade civil organizada e principalmente dos estudantes. Aliás, estes preferiam que tudo acontecesse com maior rapidez.

Com a edição do AI-5 e conseqüente, fechamento do Congresso Nacional, o regime atingiu o paroxismo em termos de cerceamento da liberdade.

Foi o presidente Figueiredo (que sucedeu Geisel) o encarregado de levar adiante a propalada “Abertura” que deveria ser lenta, gradual e irrestrita.

O mesmo mandatário que afirmou: “O povo é massa de manobra”; que disse preferir o cheiro de cavalo ao cheiro de gente, mas também havia dito que quem fosse contra a “Abertura” “...Eu prendo e arrebento”.

No dia 30 de novembro de 1979 celebrando os 90 anos da República foi marcada a visita do presidente Figueiredo à Florianópolis. Embora o AI-5 tivesse sido revogado, e o País caminhasse lentamente para uma democracia, o processo ainda levaria tempo e havia uma insatisfação permanente não só com o cerceamento de algumas liberdades, mas algumas questões de ordem econômica que não se resolviam.

Os universitários, através do DCE – Diretório Central dos Estudantes, resolveram fazer um protesto em frente do Palácio Cruz e Sousa. O que deveria ser uma festa acabou em tumulto quando se pretendeu homenagear o patrono da cidade, o “Marechal de Ferro”, Floriano Peixoto, persona non grata para os catarinenses por ter mandado fuzilar centenas de pessoas (que eram contrárias à República) na Ilha de Anhatomirim.

O confronto dos manifestantes como presidente do Brasil ganhou repercussão internacional e certamente favoreceu o processo de reabertura democrática no País.

Para satisfazer ao pedido do presidente, de que os “culpados” deveriam ser presos, alguns estudantes sofreram um processo de enquadramento na Lei de Segurança Nacional, mas foram posteriormente absolvidos. Minha homenagem aos amigos Adolfo Dias (in memoriam), Amilton Alexandre e Rosangela de Souza.

Os estudantes sempre tiveram um papel importante no destino do Brasil, está lá na obra “O Poder Jovem”, do amigo Arthur José Poerner, aqui o meu respeito também àqueles que não se intimidaram diante da barbárie, o que tornou até esse texto possível!

Nota do Blogueiro:
Também presto minha homenagem aos estudantes que lutaram pela nossa democracia. Ao Adolfo, que não conheci, ao Mosquito, além da Lígia, do Geraldo, da Rosângela, nossa Lelê, e a Marize.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Mercedes anuncia Nico Rosberg

Piloto alemão era presença quase certa na nova escuderia

Depois de muitas especulações, especialmente com a transferência de Rubens Barrichello à Williams, a Mercedes anunciou, enfim, a contratação de Nico Rosberg para a próxima temporada.

Para a segunda vaga, o nome mais cotado é o de Nick Heidfeld, que no começo da carreira foi patrocinado pela montadora germânica.

Outro nome falado é o do ex-campeão Michael Schumacher, também subsidiado pela Mercedes antes de ingressar na Fórmula 1.

Fontes:
F1 na Web
Grande Prêmio - Brawn volta a rechaçar Schumacher, mas Haug promete "boa notícia"
Grande Prêmio - Mercedes confirma contratação de Rosberg para temporada 2010

domingo, 22 de novembro de 2009

Eventos sobre os 30 anos da Novembrada

Eventos que serão realizados sobre os 30 anos da Novembrada nesta semana

Evento promovido pelo Departamento de Sociologia Política, da UFSC

Sessão solene na Câmara dos Vereadores de Florianópolis


Livro Abaixo as Ditaduras, escrito por Lédio Rosa de Andrade


Fontes:


Sérgio Rubim (Canga)
http://cangarubim.blogspot.com/2009/11/o-nosso-hino-mais-bonito.html

Celso Martins (Sambaqui na Rede 2)
http://sambaquinarede2.blogspot.com/

Tijoladas do Mosquito
Novembrada 30 anos – Dia 30 às 19 h na ALESC – Desembargador Lédio Rosa de Andrade – ex-lider e militante estudantil, lança livro “Abaixo as ditaduras”
NOVEMBRADA 30 ANOS (1979-2009) Eu estava lá!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mercedes voltará com equipe própria em 2010

Após muitas especulações, montadora alemã adquire 75% da Brawn
Com apenas um ano de existência na Fórmula 1, a escuderia Brawn dará lugar a Mercedes, que depois de 55 anos volta a contar com equipe própria. A cor dos carros será o prateado, marca registrada nos carros de corrida.

Parceira e sócia da McLaren desde 1995, a marca das três pontas continuará fornecendo seus motores até 2015, devolvendo os 40% das ações que detinha com o time de Woking, isso após 2011. Ron Dennis falou também da separação do McLaren Group do McLaren Automotive, que produzirá a própria linha de carros esportivos de alta performance.

Quanto aos pilotos, Lewis Hamilton está confirmado para correr com os ingleses em 2010. Jenson Button, Nick Heidfeld, Nico Rosberg, Kimi Raikkonen e Heikki Kovalainen disputam as outras três vagas.
Leia mais:
IG: Grande Prêmio

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Conversa com Sérgio Bello

Sérgio Carneiro Bello é um integrantes da Barca do Livro, situada na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. Contador de estórias, o professor trabalha com projetos voltados à leitura e contos.


Professor Sérgio Bello
Foto: Diego Wendhausen Passos


Diego: Conte seu perfil como contador de história.

Sérgio: Sou um contador de histórias da oralidade. Isto quer dizer que me "aproprio" do conto para recontá-lo com minhas palavras, numa performance cênica minimalista, ou seja, procuro contar como quem conversa. Tenho desenvolvido uma reflexão aprofundada acerca da natureza do texto da oralidade, suas diferenças e semelhanças com a escrita, as modalidades da linguagem verbal oral e escrita, seus aspectos de complementaridade e especificidade.

Diego: Como membro da Barca dos Livros, você está lutando para mantê-la como opção aos leitores da região da Lagoa, e de outras partes de Florianópolis. De que forma você acha que os governantes poderiam ajudar a instituição?

Sérgio: A Barca dos Livros, como um projeto permanente de formação de leitores, necessita de subvenções permanentes. Não podemos ficar "de pires na mão", garantindo o funcionamento do próximo semestre, algumas vezes, nem isto. Captar recursos desvia muito de nossa capacidade de realização das atividades-fim: é necessário elaboração de projetos e percorrer uma verdadeira "via crucis" pelos gabinetes governamentais ou empresariais.

Diego: Em meio aos problemas financeiros, a Barca dos Livros corre o risco de encerrar suas atividades. Qual a importância da instituição para a localidade?

Sérgio: Desenvolvemos um trabalho que deveria ser encarada como função do Estado e apoiadapor toda a sociedade civil: inclusão cultural e formação de leitores. A Biblioteca Barca dos Livros é reconhecida pelo Ministério da Cultura como projeto modelo para o Brasil, de biblioteca formadora: é consenso, entre os especialistas no assunto, que não basta colocar o livro ao alcance da população se não há o hábito da leitura ou a cultura do livro.
Atendemos, atualmente, cerca de dois mil leitores/mês, e este número é crescente, e já nos tornamos uma referência na paisagem cultural da cidade.

Leia mais sobre a Barca dos Livros:
Blog Sambaqui na Rede, de Celso Martins, CLIQUE AQUI
Amantes da Leitura, CLIQUE AQUI

Toyota deixa a Fórmula 1

Equipe japonesa segue caminho da BMW

Após anunciar em setembro que não contaria com os serviços de Jarno Trulli e Timo Glock para o próximo ano, o time japonês anuncia a saída da Fórmula 1, após oito anos na principal categoria do automobilismo.

Para muitos, a saída da Honda diminuiu o interesse em permanecer. Ainda neste ano, a BMW também anunciou o fim das operações na Fórmula 1. Assim, a Sauber certamente retornará, com os espólios da escuderia bávara.


Muito investimento e poucos resultados na Fórmula 1
Foto: Clive Mason/Getty Images

Cercada de muita expectativa, a Toyota estreou em 2002, após um ano de testes. Mika Salo conseguiu os dois pontos, terminando em 6º na Austrália e no Brasil.

Porém, os resultados na pista nunca corresponderam aos investimentos para fazer um carro vencedor. A escuderia nipônica teve apenas 3 poles, e a melhor colocação entre os pilotos, foi com Ralf Schumacher, 6º colocado em 2005, e o 4º lugar no mundial de construtores, no mesmo ano.

Williams confirma dupla para 2010

Rubens Barrichello e Nico Hulkenberg serão os pilotos do próximo ano

A equipe Williams confirmou o brasileiro Rubens Barrichello e o alemão Nico Hulkenberg para 2010. Sem os motores Toyota, a Cosworth voltará a ser fornecedora do time de Grove.

domingo, 1 de novembro de 2009

Sebastian Vettel vence em Abu Dabi

Piloto alemão garante vice-campeonato

Em corrida pouco movimentada, o alemão Sebastian Vettel venceu, com Mark Webber em 2º lugar, garantindo a primeira dobradinha da história da Red Bull. O time austríaco das marcas energéticas ficou com o vice-campeonato entre as escuderias. Os dois carros da Brawn vieram logo após, com Jenson Button na frente de Rubinho. A BMW, depois de uma temporada difícil, conseguiu terminar com Nick Heidfeld em 5º, a frente das Toyotas de Kamui Kobayashi, 6º, e Jarno Trulli, em 7º. Sebastien Buemi completou os oito primeiros colocados.

Lewis Hamilton chegou a lidrar a primeira parte da corrida, mas perdeu a liderança para Vettel após a primeira troca de pneus, a abandonou em seguida com problema nos freios. Heikki Kovalainen mais uma vez decepcionou, terminando em 11º, a frente do compatriota Kimi Raikkonen.

O destaque da corrida foi o arrojado japonês Kamui Kobayashi, que teve disputas roda a roda com Raikkonen, ainda na primeira volta, e com Button, após o britânico voltar de um dos pits.


Resultado da corrida:
Pole: Lewis Hamilton, McLaren Mercedes
Melhor Volta: Sebastian Vettel, Red Bull Renault
1º) Sebastian Vettel, Red Bull Renault
2º) Mark Webber, Red Bull Renault
3º) Jenson Button, Brawn Mercedes
4º) Rubens Barrichello, Brawn Mercedes
5º) Nick Heidfeld, BMW
6º) Kamui Kobayashi, Toyota
7º) Jarno Trulli, Toyota
8º) Sebastien Buemi, Toro Rosso Ferrari

Classificação:

Pilotos:

1º) Jenson Button, 95 pontos
2º) Sebastian Vettel, 84 pontos
3º) Rubens Barrichello, 77 pontos
4º) Mark Webber, 69,5 pontos
5º) Lewis Hamilton, 49 pontos
6º) Kimi Raikkonen, 48 pontos
7º) Nico Rosberg, 34,5 pontos
8º) Jarno Trulli, 32,5 pontos
9º) Fernando Alonso, 26 pontos
10º) Timo Glock, 24 pontos
11º) Felipe Massa, 22 pontos
12º) Heikki Kovalainen, 22 pontos
13º) Nick Heidfeld, 19 pontos
14º) Robert Kubica, 17 pontos
15º) Giancarlo Fisichella, 8 pontos
16º) Sebasien Buemi, 6 pontos
17º) Adrian Sutil, 5 pontos
18º) Kamui Kobayashi, 3 pontos
19º) Sébastien Bourdais, 2 pontos

Construtores:

1º) Brawn Mercedes, 172 pontos
2º) Red Bull Renault, 153,5 pontos
3º) McLaren Mercedes, 71 pontos
4º) Ferrari, 70 pontos
5º) Toyota, 59,5 pontos
6º) BMW, 36 pontos
7º) Williams Toyota, 34,5 pontos
8º) Renault, 26 pontos
9º) Force India Mercedes, 13 pontos
10º) Toro Rosso Ferrari, 8 pontos