Parte 2: Os três profetas
A religiosidade também se fez presente na região, tendo três deles obtido destaque. João Maria de Agostinho, João Maria de Jesus e José Maria eram líderes religiosos que faziam profecias e possuíam muita popularidade pela população do local na época.
Os três faziam previsões e eram seguidos pelos habitantes das localidades próximas. Nascido no Piemonte, região da Itália, foi o primeiro dos monges a passar pela região, não era bem visto pelas autoridades governamentais, por unir várias pessoas. A presença dele foi seguida por alguns movimentos sociais que sucederam no final do Século XIX, como Canudos, na Bahia, Juazeiro, no Ceará e o dos Muckers, no Rio Grande do Sul.
Com algumas características semelhantes ao do profeta anterior, João Maria de Jesus, que chamava-se Atanás Marcaf, de origem francesa, fez algumas profecias, como o fim do mundo, doenças e epidemias, e possuía posições políticas favoráveis a monarquia, vendo a república como ordem do demônio. Desapareceu por volta de 1908.
O último deles, foi José Maria, que se chamava Miguel Lucena de Boaventura. Ex-soldado da Força Policial do Paraná, era curandeiro, fazia batizados, dirigia terços e participava de festas religiosas. Por curar a esposa de Henrique de Almeida, um dos líderes políticos de Curitibanos, ganhou apoio também de um dos representantes do município. Foi morto no combate do Irani, que desencadeou o início do conflito.
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