terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Grupos musicais e carnavalescos animam as comunidades

Tradição há quase 30 anos, o carnaval em Santo Antônio de Lisboa conta com a presença de blocos e grupos de diversos lugares do município.

Há pouco mais de 10 anos, o Bloco Baiacu de Alguém é a principal atração nos eventos do bairro. Mas em 2018, o grupo liderado por Nelson Brum Motta e Daniela Schneider deu uma pausa, abrindo espaço para a turma da Gambarzeira. O Gambá Xeiroso, dirigido por Juliano Borges Barcella, surgiu às pressas com a intenção de ocupar o espaço que ficou aberto para este ano. Juliano frisa que o conjunto surgiu com a ideia de não deixar a festa apenas com bandas, mantendo um grupo como atração para o evento na comunidade. No entanto, ainda considera cedo para pensar em formar um bloco carnavalesco, ainda “tem que moldar e lapidar um pouco mais para chegar a esse nível”, pontua. Integrante da bateria e nativo de Santo Antônio de Lisboa, o estudante Luan Guimarães Soares também veio do Bloco Baiacu para fazer parte do Gambá Xeiroso e cita que gosta bastante de participar da festividade junto com os amigos.

Coqueiros e Trindade também contam com as próprias atrações

Em Coqueiros, o Bloco da Minnie, criado em grande parte por moradores do Residencial Argus, desde 2012 é uma atração do bairro. A bibliotecária Adriana Cristiane Martin conta que o grupo surgiu por uma ideia de nove amigos visando juntar as pessoas para ir ao Blobo dos Sujos, no Centro. “Cada um foi chamando um amigo, um parente, e fomos crescendo”, destaca. O Engenheiro Agrônomo Cesar Freitas Ribeiro lembra sobre o início, em 2012, quando ele e os amigos se reuniram para estar entre amigos e começar a festa no bairro, antes de partir ao Centro. Adriana salienta que ainda não houveram convites para participar em outras comunidades pelo município, mas se mostra aberta a possiblidade. “Tudo aqui é pago com o nosso dinheiro, sem contribuição, é um grupo familiar”.


Bloco da Minnie
Foto: Diego Wendhausen Passos


Na Trindade, foi criado o Bloco Bagaço da Laranja, em alusão ao principal evento festivo no bairro. O funcionário público Guilherme Coelho Haviaras destacou que a ideia era um sonho antigo, como também uma forma aproximar a comunidade, e contou com o apoio de comerciantes locais e uma boa divulgação. A foliã Maria Otilia Conceição de Souza soube pela internet, enquanto o comerciante Adilson Martendal, um dos apoiadores, enfatizou a questão de criar algo para o carnaval.


Bloco Bagaço da Laranja
Foto: Diego Wendhausen Passos

Grupos citam as particularidades entre show e festas carnavalescas

Guilherme Luiz Cardozo, vocalista da Banda Cruzzy, e Mércia Maruk e Fernando Zimmermann, vocalistas da Banda Faraway, contaram sobre as diferenças de vibração que vemos em eventos como festas e shows em relação a apresentação em carnaval.

Guilherme trabalha também com o Balho e Tocata Açoriana e com o conjunto Tons de Sambaqui. Ele destaca que necessita muito jogo de cintura e acompanhar um bom feeling do público. Para o cantor, “o importante é manter o público de pé, e quando necessário, alteramos o repertório, conforme o feedback do público”. Outro destaque foi a quantidade do público e a intensidade muito maiores. “Tudo é hiper dimensionado. A carga de adrenalina é muito maior, as pessoas querem pular toda a hora, torna o evento muito diferente de todos os outros tipos de festa e de apresentação que fazemos”, finalizou.

Fernando também pontua que a vibe e a energia do público fazem a diferença no carnaval, dando uma atmosfera diferenciada. Já Mércia, complementa a intensidade ainda maior na energia do público participante, até pelo fato de ser realizado em rua no bairro de Santo Antônio de Lisboa, dando outra vibração às pessoas.

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