Faz 187 anos que o Brasil se tornou um país politicamente livre das decisões da coroa portuguesa. Sem derramar uma gota de sangue ou lutar contra tropas inimigas, um novo período estava por vir, após o histórico “independência ou morte”, às margens do Rio Ipiranga, proferido pelo futuro imperador Dom Pedro de Alcântara.
O primeiro país a reconhecer a liberdade política tupiniquim foram os ianques, sob a doutrina Monroe “a América para os americanos” (dos Estados Unidos). Portugal negociou, transferindo para sua antiga colônia as dívidas com os ingleses.
Enquanto nossos vizinhos latino-americanos tiveram muitas mortes e lutas armadas para conquistar a liberdade e o sistema republicano, chegamos aos novos modelos através de golpes e decisões promovidas pelas elites ou pessoas próximas ao poder político e social, sem a participação popular.
Durante a República Velha que surgiram as primeiras manifestações contra os poder, durante o período entre 1894 a 1930, quando as elites cafeicultoras de São Paulo e Minas Gerais alternavam-se no governo. No interior da Bahia, surgiu o movimento de Canudos, liderados por Antônio Conselheiro, e na região disputada entre Santa Catarina e Paraná, a Guerra do Contestado. Ambos oram violentamente reprimidos pelas tropas lideradas por Setembrino de Carvalho. No período de Getúlio Vargas, foi a vez de Lampião, com um grupo de cangaceiros assombrar o sertão nordestino, e a Coluna Prestes, na primeira tentativa de implantar o sistema comunista no país.
Com o golpe militar de 1964, os estudantes ganharam espaço nas lutas populares. Várias manifestações tomaram o país durante a gestão dos generais da ditadura. Aumento da dívida externa, obras faraônicas e crise social e econômica aumentavam o desejo de mudanças. A Novembrada em 1979, as Diretas Já em 1984 trouxeram novas esperanças.
O surgimento do Partido dos Trabalhadores, um grupo voltado aos ideais socialistas, pregando a moralização da política e a ética vinham como uma nova opção de mudança. Na figura de Luis Inácio Lula da Silva (ex-operário e líder sindical), foi o principal grupo de oposição ao Palácio do Planalto durante duas décadas, denunciando casos de corrupção e brigando pelas bandeiras populares.
A eleição de Lula em 2002 foi um marco histórico. Pela primeira vez o Brasil teria na presidência uma pessoa de origem humilde, fora da “nata da sociedade”, uma vitória da “esperança”. O sonho não virou realidade, os casos de corrupção continuam assolando o Brasília, ex-inimigos de outrora (José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor, Paulo Afonso Vieira, Jader Barbalho, entre outros) passaram a aliados. Os “vícios” do poder continuam. Os governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula trouxeram melhorias no setor econômico, mas na parte social, ainda há o que melhorar.
Muitas pessoas ficaram descrentes com a classe política, jovens, adultos e militantes partidários. Nenhuma das mudanças ainda surtiram efeito de grande impacto para a população. Boa parte dos maus políticos ainda ocupa altos cargos no poder executivo e a corrupção ainda ocupa espaço na sociedade.
Quando surgirá um novo “vento da mudança”? E como será quando chegar ao poder?
O primeiro país a reconhecer a liberdade política tupiniquim foram os ianques, sob a doutrina Monroe “a América para os americanos” (dos Estados Unidos). Portugal negociou, transferindo para sua antiga colônia as dívidas com os ingleses.
Enquanto nossos vizinhos latino-americanos tiveram muitas mortes e lutas armadas para conquistar a liberdade e o sistema republicano, chegamos aos novos modelos através de golpes e decisões promovidas pelas elites ou pessoas próximas ao poder político e social, sem a participação popular.
Durante a República Velha que surgiram as primeiras manifestações contra os poder, durante o período entre 1894 a 1930, quando as elites cafeicultoras de São Paulo e Minas Gerais alternavam-se no governo. No interior da Bahia, surgiu o movimento de Canudos, liderados por Antônio Conselheiro, e na região disputada entre Santa Catarina e Paraná, a Guerra do Contestado. Ambos oram violentamente reprimidos pelas tropas lideradas por Setembrino de Carvalho. No período de Getúlio Vargas, foi a vez de Lampião, com um grupo de cangaceiros assombrar o sertão nordestino, e a Coluna Prestes, na primeira tentativa de implantar o sistema comunista no país.
Com o golpe militar de 1964, os estudantes ganharam espaço nas lutas populares. Várias manifestações tomaram o país durante a gestão dos generais da ditadura. Aumento da dívida externa, obras faraônicas e crise social e econômica aumentavam o desejo de mudanças. A Novembrada em 1979, as Diretas Já em 1984 trouxeram novas esperanças.
O surgimento do Partido dos Trabalhadores, um grupo voltado aos ideais socialistas, pregando a moralização da política e a ética vinham como uma nova opção de mudança. Na figura de Luis Inácio Lula da Silva (ex-operário e líder sindical), foi o principal grupo de oposição ao Palácio do Planalto durante duas décadas, denunciando casos de corrupção e brigando pelas bandeiras populares.
A eleição de Lula em 2002 foi um marco histórico. Pela primeira vez o Brasil teria na presidência uma pessoa de origem humilde, fora da “nata da sociedade”, uma vitória da “esperança”. O sonho não virou realidade, os casos de corrupção continuam assolando o Brasília, ex-inimigos de outrora (José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor, Paulo Afonso Vieira, Jader Barbalho, entre outros) passaram a aliados. Os “vícios” do poder continuam. Os governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula trouxeram melhorias no setor econômico, mas na parte social, ainda há o que melhorar.
Muitas pessoas ficaram descrentes com a classe política, jovens, adultos e militantes partidários. Nenhuma das mudanças ainda surtiram efeito de grande impacto para a população. Boa parte dos maus políticos ainda ocupa altos cargos no poder executivo e a corrupção ainda ocupa espaço na sociedade.
Quando surgirá um novo “vento da mudança”? E como será quando chegar ao poder?
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