O curso de Jornalismo da Estácio de Sá realiza um evento diferente nesta segunda-feira para encerrar o semestre. Pela primeira vez nos seus sete anos de história, um Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) será defendido fora do campus. Será no Palácio Cruz e Sousa, local onde há 30 anos começou a Novembrada. Será o último dos dez TCCs deste semestre. Durante o evento, alunos e professores farão um ato em defesa do diploma. O evento é aberto ao público.
Novembrada – um protesto esperado
Nesta segunda-feira, 6 de julho, a partir das 20h, no auditório do Palácio Cruz e Sousa, será apresentado o documentário em vídeo Novembrada – um protesto esperado, que registra a revolta popular ocorrida em 30 de novembro de 1979 na capital catarinense. Naquele dia, o último presidente República general João Figueiredo, de passagem por Florianópolis, entrou em confronto com a população que protestava contra a situação política e econômica. A manifestação levou à prisão sete estudantes, todos enquadrados e processados na Lei de Segurança Nacional.
O vídeo reúne imagens inéditas do episódio além de entrevistas com estudantes presos, jornalistas, historiadores, sociólogos, personalidades políticas e populares que presenciaram o ato. O trabalho abrange não apenas os protestos do dia 30, mas os desdobramentos que se seguiram, e que fazem parte das mobilizações pelo fim do regime militar no país.
O documentário foi produzido como Trabalho de Conclusão do curso de Jornalismo da Faculdade Estácio de Sá por Ana Carla Pimenta, e orientado pela professora Regina Zandomênico.
Primeira parte
O tema é rico, e isso fez com que fossem gravadas mais de 30 horas e ouvidas mais fontes do que seria possível incluir em uma versão compacta, como pedem as normas de um trabalho de conclusão de curso. Por isso Ana Carla Pimenta diz que uma versão completa está sendo planejada. “Falta obter recursos financeiros para viabilizar um documentário maior, que contenha todas as entrevistas realizadas”, diz ela.
Nesta versão compacta, além dos estudantes presos, entram também o ex-senador Nelson Wedekin, o ex-governador Esperidião Amin, o procurador geral do estado Sadi Lima e a historiadora Marlene di Fáveri, entre outros.
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