A temporada de 2017 não terá apenas a grande mudança nas regras, mas também a retirada de Nico Rosberg logo após o término da temporada 2016 e desaposentadoria antes do início
As mudanças e as movimentações ocorridas na chamada dança das cadeiras, em dezembro e janeiro, foram mais intensas que as negociações de trocas de equipe durante uma temporada, ou na famosa silly season, das famosas especulações e mudanças de time, de pilotos e funcionários de escuderias, principalmente na metade do ano.
A principal delas seria a tranferência do alemão Nico Hulkenberg da emergente Force India para a reingressante Renault, que teve uma temporada difícil, após readquirir a Lotus e voltar para a categoria com time de fábrica. Os franceses não tiveram tempo de desenvolver o carro, com isso somaram apenas oito pontos entre as equipes, ficando na 9ª colocação no campeonato de construtores. Para o lugar de Hulkenberg, os indianos chamaram o francês Esteban Ocon, protegido da Renault e da Mercedes, mas por indicação do time germânico, para fazer companhia ao mexicano Sergio Perez.
Depois de 16 anos na categoria, Jenson Button anunciou a retirada, ficando apenas como piloto de testes da McLaren, time que defende desde 2010. Para o lugar do inglês, o belga Stoffel Vandoorne passará a dividir o time com o espanhol Fernando Alonso. Na Williams, outro estreante, o canadense Lance Stroll, que seria o companheiro de Valtteri Bottas. O brasileiro Felipe Massa havia anunciado em Monza, véspera do Grande Prêmio da Itália, que também deixaria a Fórmula 1 ao término da última temporada, com uma grande homenagem ocorrida no Brasil, quando abandonou a disputa após bater próximo a entrada dos boxes.
Porém, o surpreendente anúncio de Nico Rosberg mexeu no tabuleiro, uma semana após a conquista do título do competidor tedesco, em Abu Dhabi, abrindo uma vaga na melhor equipe da atualidade. Os comandantes das flechas de prata disseram que apenas Kimi Raikkonen e Daniil Kvyat não entraram em contato com a marca das três pontas, mas, desde o início, os principais postulantes eram Pascal Wehrlein e Valtteri Bottas. Com o apoio do bicampeão Mika Hakkinen, que fez história na McLaren-Mercedes, o nórdico levou a melhor, e por possuir resultados satisfatórios, enquanto Wehrlein, apesar de mostrar bom rendimento na Manor, ficou com um lugar na Sauber, que atravessa grande crise.
Com isso, Felipe Massa volta a categoria antes mesmo de sair, enquanto para o time comandado por Frank Williams, um desconto no uso dos motores Mercedes, podendo contar também com Pady Lowe nos quadros do time de Grove, conseguiu aliviar as finanças para seu lado, mas abrindo mão do principal piloto da escuderia.
Para o outro brasileiro, Felipe Nasr, sobrará talvez um lugar como piloto de testes na Williams, ou uma vaga na Manor, que procura investidores para se manter no certame. O 9º lugar do brasileiro pode ter selado o destino do time que somou apenas um ponto ano passado, e deixar o brasiliense sem vaga entre os titulares.
Com carros ainda mais rápidos e com várias mudanças aerodinâmicas e nos pneus, os pilotos certamente voltarão a sentir o desgaste físico das corridas, devido a maior velocidade nas curvas de média e baixa velocidade e o preparo será crucial para este ano.
A Fórmula 1 volta no dia 24 de março, com os treinos livres, e dia 26, com o Grande Prêmio da Asutrália.
Após as reconfirmações, veja como ficaram as equipes.
Mercedes
Motor: Mercedes
Pilotos: Lewis Hamilton (Inglaterra) e Valtteri Bottas (Finlândia)
Red Bull
Motor: Renault (rebatizado como TAG Heuer)
Pilotos: Daniel Ricciardo (Austrália) e Max Verstappen (Holanda)
Ferrari
Motor: Ferrari
Pilotos: Sebastian Vettel (Alemanha) e Kimi Raikkonen (Finlândia)
McLaren
Motor: Honda
Pilotos: Fernando Alonso (Espanha) e Stoffel Vandoorne (Bélgica)
Force India
Motor: Mercedes
Pilotos: Sergio Perez (México) e Esteban Ocon (França)
Williams
Motor: Mercedes
Pilotos: Felipe Massa (Brasil) e Lance Stroll (Canadá)
Renault
Motor: Renault
Pilotos: Nico Hulkenberg (Alemanha) e Jolyon Palmer (Inglaterra)
Toro Rosso
Motor: Renault
Pilotos: Carlos Sainz Junior (Espanha) e Daniil Kvyat (Rússia)
Haas
Motor: Ferrari
Pilotos: Romain Grosjean (França) e Kevin Magnussen (Dinamarca)
Sauber
Motor: Ferrari
Pilotos: Pascal Wehrlein (Alemanha) e Markus Ericsson (Suécia)
Manor (ainda não confirmou os pilotos nem a participação na próxima temporada)